sexta-feira, 4 de maio de 2012

Não sou estranha, sou única!

Uma pessoa muito querida me mandou um link de um vídeo em que uma autora famosa no meio gospel está pregando sobre assumirmos a nossa identidade diante de todos: diante de Deus, dos homens e até de nós mesmos.


É engraçado porque, embora pareça muito óbvio que Deus nos fez pessoas diferentes (e eu tenho teorias sobre o motivo pelo qual Ele fez isso... taí algo que eu gostaria de perguntar para Ele chegando no céu...) muitas vezes ignoramos esse fato e ficamos insistindo para sermos iguais uns aos outros. Pior, insistimos às vezes para que outros sejam iguais a nós, mesmo quando não temos certeza absoluta de que ser igual a nós é o melhor (nem para o outro e nem para nós mesmos).


Eu particularmente sempre caio na tentação de me comparar com outras pessoas. Acho que isso é porque, de certa forma, ainda preciso superar um tanto de complexo de inferioridade que trago desde a infância (hum... preciso refletir melhor sobre isso e pedir a Deus direção de como tratar essa questão). O ponto é que, na grande maioria das vezes, essa comparação é absolutamente frustrante porque, de verdade, eu não encontro ninguém igual à mim. O mais próximo que encontrei foram pessoas que ou são iguais ao que eu era ou são versões do que eu seria se não tivesse tomado determinadas decisões no passado.


Sinto que essa comparação acontece porque de certa forma a sociedade exige que nos adequemos ao que é esperado de nós. Mas, espere um pouco: o que mesmo é esperado de nós? E outra coisa: quem é que espera isso (a ser definido) de nós? Será que é Deus, que nos criou e verdadeiramente nos ama, ou será que são outras pessoas que muitas vezes nem sabem que existimos e nem querem saber quem somos nós?


Ouvi hoje de uma amiga (aliás, chamá-la de amiga é realmente estranho porque eu nunca imaginei que algum dia teríamos tanta fluidez nas nossas conversas assim...) que antes ela pensava que quem ela não conhece é porque não faz diferença (ou seja, quem ela não conhece simplesmente é porque não é interessante) mas ela aprendeu agora que na vida as coisas não são bem assim. 


Eu acho que  é justamente o contrário: quem não faz diferença é porque você não conhece (é claro que ela não concordaria por completo comigo... seria uma mudança muito drástica nos paradigmas de alguém que se intitula como "uma pessoa que não fala com estranhos" mas é uma grande evolução de qualquer forma) porque no fundo, todo mundo tem a sua "esquisitice" que pode ser muito mais interessante do que toda a casca que a pessoa deixa aparecer.


Em um dado momento do vídeo, a pregadora fala que de vez em quando ela se sente esquisita. Até que ela faz uma pausa e uma breve reflexão e declara a frase do título. E aí, quem ficou pensando fui eu... é isso mesmo: eu sou única e isso é sensacional! Eu até posso ser uma peça de reposição na vida de alguns mas nunca serei igual a ninguém... sempre terá algo exclusivo em mim (se não for uma característica isolada, o que é muito raro, a conjunção de diversas características me fará ser única pela forma como as concateno em meu ser) e isso é fantástico.


Para mim, esses quase sete bilhões de exclusividades ambulantes são a maior prova da criatividade do nosso Criador. Então, se é assim, e se Ele nos fez assim, eu não posso desprezar isso. E pela primeira vez eu digo com orgulho de mim mesma: "não sou estranha, sou única".

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