quarta-feira, 6 de junho de 2012
Alegria de ofertar
Hoje me mandaram um vídeo em que foi filmado o momento da entrega dos dízimos e ofertas. Normalmente nas igrejas esse é um momento que, ao meu ver, tem um quê de célebre e um quê de fúnebre. É verdade... por mais que algumas igrejas insistam em colocar músicas animadas para o momento, de modo a lembrar que a entrega de uma parte do seu dinheiro para colaborar com a obra de Cristo (e mais, para lembrar-nos de que somos livres da escravidão de montes de coisas, incluindo o dinheiro), parece que a maioria das pessoas não pensa assim.
Nesse vídeo em questão o pessoal dançava alegremente. Mas, veja, quando eu digo "dançava", eu estou dizendo dançar mesmo (sem aspas, sabe?). Ou seja, o povo não estava apenas andando em passos ritmados e com sorrisos tímidos no rosto, indo e vindo apressadamente para que aquele momento acabe logo e o culto de celebração continue sua ordem normal... as pessoas realmente dançavam e se demoravam dançando ao som de uma música com um ritmo delicioso que certamente é um louvor alegre ao Senhor (bom, eu acredito que sim mas não posso confirmar porque não conheço a língua em que a letra é cantada).
Enfim, o ponto é que, muitas vezes encaramos a entrega do dízimo e da oferta do mesmo modo que entregamos a nossa declaração de imposto de renda. Eu mesma detesto fazer imposto de renda... faço porque é a lei, porque é necessário e porque alguém superior a mim definiu que assim seria e é assim que eu faço: com cuidado é verdade, mas só porque se eu errar o prejuízo é maior mas com muita pressa para me livrar logo daquele momento em que eu sou obrigada a me lembrar o destino final dos meus impostos.
Pois é... o dízimo não é o imposto de renda. Dízimo é, na minha visão, algo que deve ter três significados:
1) Momento em que agradecemos a Deus por tudo o que tem feito em nossas vidas e, por entendermos que Ele tem sido magnífico é que deixamos parte daquilo que ganhamos ali: para que outros possam também conhecer a vida que Deus tem nos dado e usufruir dela também;
2) Momento em que eu me lembro que dependo completamente de Deus porque é Ele quem me deu emprego, é Ele quem me deu e dá capacidade de aprender e aliás, é Ele quem me dá saúde e disposição para todos os dias sair de casa e ir atrás da conquista do pão para mim e minha família;
3) Momento de alegria porque não sou escrava do dinheiro, sabendo que posso dar com alegria pois essa entrega me faz ver as coisas por outra perspectiva, inclusive ter que confiar na pessoa que vai administrá-lo sabendo que quem cuida disso é o Senhor e que, se a pessoa usar errado ela prestará contas Àquele que deveria ter recebido o recurso para salvar mais vidas
Confesso que tenho dificuldades com partes do que descrevi acima mas o meu esforço é para que isso se torne realidade na minha vida plenamente. O ponto aqui é que eu nunca tinha visto pessoas celebrando tanto a entrega desse recurso para o Reino. Como será que é o restante das vidas delas? Acredito (com base no que a Palavra diz) que realmente a vida delas não é fácil mas que, independente do que acontecer com elas, o que elas tem é maior do que qualquer circunstância. Ou seja, acho que elas aprenderam a viver plenamente o seguinte trecho: "Porque ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; ainda que decepcione o produto da oliveira, e os campos não produzam mantimento; ainda que as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja gado; Todavia eu me alegrarei no SENHOR; exultarei no Deus da minha salvação."
(Habacuque 3:17-18)
Bom, na verdade, posso até estar me precipitando em concluir que esse é o estilo de vida deles mas, de verdade, não importa. A motivação do coração deles é algo que eu nunca saberei ao certo como distinguir. Mas isso não faz com que o exemplo seja menos válido e eu acho mesmo que, independente de como for, deve ser seguido com pureza de coração, não para se exibir diante dos seus irmãos mas para louvar e engrandecer Àquele que é fonte de todas as coisas, inclusive materiais.
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