quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Mãos à obra!!!


Na semana passada viajei com a família para a formatura do meu sobrinho. Eu particularmente fiquei quatro dias em viagem e foi um período no mínimo curioso.

Quando saí de casa, fui com o intuito de descansar mas também (e principalmente) de passar um tempo bom com a família, especialmente para me aproximar e deixar Deus ser o principal na minha vida. Bom, apesar de ter conseguido descansar, quanto ao segundo objetivo, acho que falhei miseravelmente... nesses dias, eu orei e li mas não cantei, não escrevi, não ouvi louvores e principalmente: não mantive como preocupação principal agradar ao meu Deus.

A questão não é ter agradado ou não mas é que definitivamente em alguns momentos (mais do que deveria ou gostaria, confesso) eu acabei me deixando ser consumida por meus pensamentos e sentimentos e eles não estavam ocupados com o propósito Dele para mim ou para os meus queridos.

Foi um período complicado e definitivamente senti falta de pessoas e coisas de casa. Mais complicado ainda porque senti falta da comunhão com meus queridos irmãos na fé e de mais tempo de intimidade com Deus.

Mas nem só de pontos a melhorar foi feita a minha viagem: além de ter passado um tempo precioso com meus queridos, pude colocar em melhor perspectiva algumas coisas e pude entender melhor o que quero e o que não quero para mim daqui em diante. Mais do que isso: pude ver também quem eu quero e quem eu não quero ser; como eu quero ser conhecida e reconhecida por outros e como eu definitivamente não quero.

De quebra, aconteceu algo que é praticamente um milagre: eu nunca tive intimidade e nem proximidade com uma das pessoas ali do grupo. Claro, é família, mas sinceramente nunca foi uma pessoa com quem me importei de verdade. Aliás, no início, era uma pessoa com quem eu não me importava nem de verdade e nem de mentira (ou seja, nem fingia me importar, nem por educação). Só que, em um determinado tempo, isso começou a me incomodar e eu comecei a me indignar porque essa pessoa não tinha significado para mim, ao ponto de eu esquecê-la de vez em quando, inclusive em oração.

Por causa disso, e por considerar essa situação um absurdo, eu comecei a orar pedindo a Deus que mudasse essa situação e que em algum ponto eu pudesse ver essa pessoa de modo diferente. No começo, mudou pouco, e com o tempo, a bronca que eu tinha transformou-se apenas em falta de opinião sobre a pessoa.

Pois não é que nessa viagem passamos a conversar e até que nos demos bem? Digo isso porque acho que pela primeira vez na vida sentamos para conversar (mesmo que sobre amenidades) e conversamos com sinceridade, sem receios e sem reservas e tivemos conversas (ao meu ver pelo menos) muito agradáveis. Mais interessante foi ver que depois disso a atitude dessa pessoa em relação a mim mudou radicalmente, me surpreendendo... e eu pude ver um outro lado de alguém que até então tinha para mim muito mais pontos negativos do que positivos.

E não é que, mesmo discretamente, Deus operou um milagre ali? Eu já nem me lembrava desse pedido, já nem me preocupava mais com isso, e de repente, quando menos esperava, aconteceu algo ali.

Tenho plena convicção de que é meu dever agora aproveitar essa oportunidade que surgiu e fazer nesse início algo maior, algo que valha a pena e que abra as portas para a mudança na história da minha família, porque eu vejo essa oportunidade. Dependo de Deus para avançar mas sei que não posso ficar de braços cruzados.

Quanto ao mais que aconteceu, tenho a opção de lamentar-me sobre o que passou ou a opção de fazer melhor daqui em diante. Acredito que Jesus não ficaria feliz se eu ficasse presa ao passado porque não foi para isso que Ele me libertou: fomos libertos para permanecermos em liberdade. Então, guardo o que senti, o que pensei e o que vi e fico com essa memória para que, de hoje em diante, eu faça melhor a cada dia, cumprindo o propósito Dele no nosso meio.

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