Às vezes o coração aperta, os olhos enchem de água, a cabeça vai longe e o foco fica fixo em uma única pessoa. A respiração acelera, as memórias vêm, a saudade invade a alma e os sentidos ficam alterados... a audição é reduzida, a garganta ganha um nó e os braços sentem-se nus, mesmo cobertos com a roupa que estava segundos antes. Neste momento não existe outro tempo senão aquele no qual a mente se firmou e este é um tempo em que em um minuto é possível reviver uma vida inteira.
O ser humano é absolutamente fascinante e a vida é (ou deveria ser) cheia de momentos emocionantes. Deus nos criou emocionais e assim nós somos. O homem (como raça e não como gênero) segue nessas horas os instintos mais primitivos e chora, sorri, grita, se esconde, abraça, pula e faz coisas que às vezes não faria naquele mesmo contexto se não estivesse capturado pela emoção do momento.
Estou vivendo neste exato momento algo assim e a sensação é paradoxal: por um lado sinto a delícia de reviver as sensações e as emoções de outrora; por outro, percebo que não é tempo para isso, simplesmente porque enquanto escrevo tudo isso estou sentada à mesa no escritório fazendo uma pausa inesperada em um trabalho em fase final para registrar aqui o que estou vivenciando.
E hoje o trecho em que Paulo fala sobre levar cativos os pensamentos a Cristo (2 Corintios 10:4-5) tomou um novo sentido para mim: as nossas maiores batalhas são mesmo na mente e para que possamos deixar o que nos agrada mas nos prende para fazer o que é necessário e nos dá liberdade precisamos manter a mente em Cristo. Manter o pensamento naquilo que nos agrada é criar uma prisão cujas barras são as lembranças e as correntes os sentimentos que nos mantém no lugar. Mas, existe uma esperança: nesta prisão existe uma pequena janela que nos permite ver o céu e ela é a palavra de Deus. Existem também as chaves que abrem as portas e as correntes da prisão e elas são a oração e o louvor (ou gratidão por tudo o que somos e temos).
E, mais uma vez, posso dizer que sim, o poeta autor da frase do título tinha razão... e mais uma vez posso afirmar que o Criador, que inspirou os grandes tradutores daquilo que é melhor vivermos, tinha e continua tendo razão. E sempre terá!
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