Hoje cheguei ao prédio de uma empresa cliente e vi na entrada uma escultura da qual eu gostei e quis tirar uma fotografia (eu tenho esse hábito de fotografar coisas diferentes). Quando coloquei o celular em posição, a moça da segurança veio me dizer que não é permitido fotografar dentro do edifício sem autorização por escrito da empresa.
Por se tratar de um escultura de material reciclado e ter o objetivo de divulgar uma ação social, entendi que essa proibição era absolutamente descabida e comentei com ela que achava ridículo e, claro, não tirei a foto.
Em seguida, fui caminhando para o elevador e, um senhor que estava com ela, começou a reclamar. Percebi que aquele senhor ficou absolutamente indignado porque eu tinha dito que aquilo era ridículo e fiquei confusa porque ele teve uma reação passional, quase pessoal ao que eu disse. Ele disse que eu era mal-educada porque não estava em minha casa e ficava chamando o meu anfitrião de ridículo.
Quando eu percebi o que tinha feito, voltei e pedi ao senhor para que se aproximasse e ele, indignado, negou-se. Expliquei então que não tinha a intenção de ofendê-lo mas que de fato eu julgava a proibição ridícula. Ele questionou então se eu tinha consciência de que aquela norma tinha sido criada por um ser humano e eu expliquei que sim e que não estava considerando aquele ser ridículo e nem a empresa que estava visitando, mas sim aquela restrição específica que para mim parecia totalmente sem sentido. Pedi novamente desculpas e fui andando para o elevador.
Depois fiquei pensando: o que será que eu disse que ele entendeu de modo tão ofensivo e que causou essa reação? O que será que ele entendeu do que eu falei? Será que ele na infância foi chamado de ridículo por alguém próximo e isso o magoou tanto que agora, mesmo não sendo direcionado a ele, doeu em seus ouvidos?
Enfim, isso me lembrou de uma frase de efeitos dessas que são postadas em redes sociais que diz assim (ou quase isso): "posso ser responsável pelo que eu digo, mas não me responsabilizo pelo que você entende". De início, concordei com a frase. Mas hoje, relembrando coisas da minha faculdade (motivada por esse episódio), lembrei-me da máxima da comunicação que diz que se o receptor da mensagem não entendeu é porque o emissor não soube passá-la.
Pois é... o título refere-se então a música "A fonte" do compositor e cantor cristão Diego Venâncio cuja letra diz:
"As palavras não dizem tudo
Mesmo que o tudo seja fácil de dizer
Com certeza fala bem melhor o mudo
Se sua atitude manifesta o que crê
Compromisso, sumiço, omisso
Ou faz o que fala ou se cala de uma vez
E não tenha sobre si justo juízo
Pois terrível coisa é cair, nas mãos do Rei
Mesma língua que abençoa, amaldiçoa
Mesma língua canta um hino e traz divisão
Não pode dá mesma fonte o doce e o amargo
Se Cristo habita de fato no coração"
Por isso, e considerando esse acontecido, percebi que tenho que rever o meu conceito do que de fato abençoa e amaldiçoa... Algo tão banal, que me parecia tão inofensivo, fez com que alguém se sentisse agredido e, de repente, eu tinha a oportunidade de dar um testemunho sobre Cristo a ele e, agora, desperdicei essa oportunidade, e pior, pode ter sido a última oportunidade desse senhor que eu não conheço mas o Senhor, que é onisciente, conhece muito bem.
Senhor, perdoa-me pela minha falta de tato, pela minha falta de discernimento de quando calar e quando falar e principalmente, limpa o meu coração porque, como diz na Tua palavra: "O homem bom, do bom tesouro do seu coração tira o bem, e o homem mau, do mau tesouro do seu coração tira o mal, porque da abundância do seu coração fala a boca" (Lucas 6:45).
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