Meu Deus do céu, como somos reclamões!!! Nada parece ser bom o suficiente para nós, nada é razoável a não ser o que eu quero, o que eu penso, o que eu espero, o que eu faço e o que eu decido... Que coisa mais triste!
Estou escrevendo isso porque me incluo na categoria de "praticantes de plantão" vendo muitas vezes o lado ruim das coisas, pensando no que pode dar errado, sem ao menos curtir o que já está dando certo.
Hoje por exemplo, estou babando de sono e não é porque o meu trabalho está chato ou parado: simplesmente porque ontem, que eu queria dormir mais cedo, tive que ajudar a minha benção a fazer uma tarefa para hoje. Isso porque, ao sair do trabalho (estou em um cliente em que tenho que pegar quatro conduções para chegar em casa, sendo três baldeações entre metrô e trem) peguei os transportes lotados e ainda tive que passar no mercado para comprar coisas que precisava levar para casa.
Pois é... olha eu reclamando de novo aí!!! Seria mais justo dizer que o dia ontem foi quente (que eu prefiro), ensolarado (que eu amo), sem chuva (que me ajuda e muito) e que eu consegui sair em um horário razoável do trabalho, sem ter que me matar com horas extras não planejadas (o que é excelente!) mas que em contrapartida tive que enfrentar os percalços descritos acima. Aí sim seria um relato justo, mas nããããão... tenho que reclamar, só ressaltar o lado ruim das coisas...
No final de semana, a minha sobrinha, que tem uma doença auto imune descoberta desde muito cedo, passou internada no maior hospital público da cidade. Embora tenha sido atendida pelos melhores médicos disponíveis por aqui para o tratamento da condição dela, a minha irmã passou duas noites dormindo sentada em uma cadeira de ferro sem braços e sem conforto nenhum. Conversando com a minha outra irmã, fiquei sabendo que dessa vez foi melhor porque agora estavam na enfermaria em um setor no fundo do corredor, o que conferia certa tranquilidade para os momentos de "descanso". Em comparação com a vez anterior isso é bom: elas ficaram com a maca no corredor mesmo porque não tinha espaço para o leito em enfermaria nenhuma.
Então, e eu, quando tenho necessidade de ir ao médico (diga-se de passagem por motivos muito menos graves do que esse da minha sobrinha), vou a hospitais particulares de grande porte e excelente atendimento e, quando necessário (quase nunca) fico em um quarto particular com televisão e tudo. Mesmo assim, decido reclamar dessas coisas fúteis, pequenas, vazias e sem importância.
Senhor, me perdoe! Não tenho sido justa (aliás, ando passando longe disso) e nem reconhecido a Tua providência e o Teu amor me minha vida. Ajuda-me a reconhecer a Tua mão no meu dia-a-dia e principalmente, a declarar as Tuas bençãos para a Tua glória.
Ah, por sinal, a minha sobrinha recebeu alta e hoje recebi por e-mail duas fotos dela deliciosas, em que ela está absolutamente radiante. Glória a Deus, o Médico dos médicos!
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