Ontem à noite postei algo sobre ficar calada ser a melhor opção. Durou pouco a minha alegria e, hoje vi mesmo que a melhor opção é sempre orar.
Respondi ao e-mail ontem mas hoje discutimos novamente. Penso que não sei o que acontece mas, quando paro para pensar, sei bem o que acontece sim: ela bate o pé para testar limites, eu me irrito e a gente briga.
Glória a Deus que o Senhor cuida de nós de modo muito melhor do que eu cuido da minha benção!
Às vezes chego a pensar que não nasci para ser mãe, que de fato não tenho a menor vocação para a coisa. Só que isso me faz pensar em um ditado clichê que diz que Deus não nos dá uma cruz maior do que podemos suportar. Curioso é que, pensando nisso, inicialmente achei que isso era bíblico, mas depois, pensando bem, acho que não é porque o próprio Jesus fala em Mateus 11:28: "Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados e eu os aliviarei" e fala sobre trocarmos de fardo com ele: "Meu jugo é suave e o meu fardo é leve" (verso 30). Então, penso que Deus permite sim que passemos por situações mais pesadas do que suportaremos sozinhos para que possamos experimentar mais do Deus provedor.
Enfim, seja por que motivo for, sei que muitas mulheres tentam desesperadamente engravidar e não conseguem e eu, sem esforço, saindo da adolescência, engravidei. Não acho que isso seja apenas fruto da saúde natural e da juventude mas principalmente é fruto da graça do Senhor e da mão Dele agindo em minha vida, dando a oportunidade de crescer de modo intensivo.
Fora isso, lembro-me que eu mesma na adolescência falei coisas terríveis para a minha própria mãe (aqui cabe um parênteses: agradeço a vida da Telma Cortez que, em um arroubo de espiritualidade e disposição praticamente me forçou a ir até a minha mãe, pedir perdão e conceder perdão a ela... sem essa atitude certamente eu não seria a pessoa que sou hoje e claramente estaria distante do anjo mais precioso que Deus colocou no mundo para me cuidar) e que provavelmente fiz a vida dela tão difícil quanto a que acho que tenho hoje.
Outra coisa é que fico pensando que sempre tenho a ilusão de que não terei lutas. Embora o próprio Jesus tenha dito: "Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo" (João 16:33), ou seja, não é nada fácil e em alguns momentos, a vida será terrível mesmo mas, por favor, não desanimem porque Ele veio ao mundo para provar que, àquele que crê, nada é impossível.
No final das contas, não tenho do que reclamar: tenho um Deus que me ama profundamente, uma filha saudável e normal (e com chatices como qualquer adolescente), um emprego abençoado, uma família amorosa e alguns presentes especiais em minha vida por parte do Senhor para me alegrar, me cuidar e me ensinar.
Perdoe-me Deus por reclamar "de barriga cheia", por viver olhando "o copo meio vazio", por sentir-me "vítima" e pior, por achar que os outros agem com o interesse de me atingir quando, na verdade, eles agem com o interesse de ganhar algo para si mesmo.
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