segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Desejo de fazer a vontade de Deus... ou desejo de que Ele deseje o que eu quero???

Quando Deus tem algo a dizer, pelo menos comigo, Ele usa métodos bastante interessantes (ao meu ver, é claro): Ele coloca situações e pessoas repetindo a mesma coisa algumas vezes... acho que é porque Ele sabe que eu sou meio cética e um tanto lerdinha para entender quando a voz é a Dele.


Ontem eu andei pensando e cheguei à conclusão novamente de que eu não quero mais ter cargo de liderança no mundo corporativo. Eu já tive, iludi-me com o falso "poder", enchi o meu ego de porcarias, perdi o meu tempo, ganhei preocupação que não tinha condição de dirimir e ganhei desilusões.


Só que, ontem mesmo, foi dia de célula e estávamos apenas entre mulheres (além do Senhor, é claro, que sempre se faz presente quando um ou mais se reúne em nome Dele) e a palavra foi sobre Débora. Na verdade, a palavra era sobre o quanto somos importantes para Deus sendo mulheres.


No fundo, Deus nos fez mulheres por um propósito. Não foi à toa que nascemos assim: manhosas, delicadas, sensíveis, choronas mas, ao mesmo tempo, sensatas, amorosas, corajosas, fortes e brilhantes.


Na palavra, falava-se que Débora era uma mulher com quem Deus podia contar. Pois é... eu posso dizer que sou uma mulher com quem Deus pode contar? Acho que não... pelo menos não como Ele gostaria de poder ou como a gente diz por aí: alguém "ponta firme".


Fiquei então pensando: como ser alguém com quem Deus pode contar? E a primeira coisa que entendi é que, para ser alguém assim, é necessário ter o desejo de fazer o que Ele quer, e não o que eu gostaria que Ele quisesse... Difícil, não? Eu acho muito, mas é uma das minhas lutas diárias: lembrar-me que a vida sem o propósito Dele se cumprindo não tem brilho, não tem cor, não tem cheiro... enfim, não tem sentido.


E em seguida, passou-me pela cabeça a parábola dos talentos (Mateus 25):


"14 - Porque isto é também como um homem que, partindo para fora da terra, chamou os seus servos, e entregou-lhes os seus bens.
15 - E a um deu cinco talentos, e a outro dois, e a outro um, a cada um segundo a sua capacidade, e ausentou-se logo para longe.
16 - E, tendo ele partido, o que recebera cinco talentos negociou com eles, e granjeou outros cinco talentos.
17 - Da mesma sorte, o que recebera dois, granjeou também outros dois.
18 - Mas o que recebera um, foi e cavou na terra e escondeu o dinheiro do seu senhor.
19 - E muito tempo depois veio o senhor daqueles servos, e fez contas com eles.
20 - Então aproximou-se o que recebera cinco talentos, e trouxe-lhe outros cinco talentos, dizendo: Senhor, entregaste-me cinco talentos; eis aqui outros cinco talentos que granjeei com eles.
21 - E o seu senhor lhe disse: Bem está, servo bom e fiel. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor.
22 - E, chegando também o que tinha recebido dois talentos, disse: Senhor, entregaste-me dois talentos; eis que com eles granjeei outros dois talentos.
23 - Disse-lhe o seu senhor: Bem está, bom e fiel servo. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor.
24 - Mas, chegando também o que recebera um talento, disse: Senhor, eu conhecia-te, que és um homem duro, que ceifas onde não semeaste e ajuntas onde não espalhaste;
25 - E, atemorizado, escondi na terra o teu talento; aqui tens o que é teu.
26 - Respondendo, porém, o seu senhor, disse-lhe: Mau e negligente servo; sabias que ceifo onde não semeei e ajunto onde não espalhei?
27 - Devias então ter dado o meu dinheiro aos banqueiros e, quando eu viesse, receberia o meu com os juros.
28 - Tirai-lhe pois o talento, e dai-o ao que tem os dez talentos.
29 - Porque a qualquer que tiver será dado, e terá em abundância; mas ao que não tiver até o que tem ser-lhe-á tirado.
30 - Lançai, pois, o servo inútil nas trevas exteriores; ali haverá pranto e ranger de dentes"


E eu notei que, com relação à essa questão de liderança, estou enterrando o meu talento. Não é justo fazê-lo. Deus não nos dá talentos para desperdiçá-los. E eu, o que vou fazer então? O correto seria procurar preparação para estudar e me posicionar do modo esperado, ou seja, fazer o meu talento render e com isso orgulhar o meu Senhor de que aceitei de bom grado o talento recebido e com ele fiz mais.


Senhor, de verdade, dai-me forças para querer o Teu desejo em minha vida e, quando for orar, pedir genuinamente por isso e não ficar tentando convencê-lo a fazer o que eu quero.

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