A semana passada foi realmente difícil para mim. Diversas coisas aconteceram e, para ajudar, eu mesma me deixei levar pela falta de disciplina e vigilância e acabei piorando as coisas em um momento especialmente arriscado: véspera de jejum.
Eu sei que toda vez que estamos prestes a entrar em uma campanha de oração ou jejum acontecem diversas coisas que nos fazem (ou tentam fortemente) perder a calma e se possível o rumo, evitando assim que o momento do encontro mais profundo não aconteça e, com isso, a vitória se vá.
E foi o que aconteceu na semana passada. E, em um desses lances de descuido, tive uma conversa mais desagradável com alguém no escritório que me disse que eu não podia "ir com os pés no peito do cliente". Curioso que eu em nenhum momento dei a entender isso ou ainda sugeri que iria brigar com alguém. O comentário foi gerado porque, em dado momento da conversa, eu coloquei que, se me expressei de modo dúbio e deixei o cliente com a impressão errada, então eu iria até ele, pediria desculpas e colocaria para ele o que de fato quis dizer e falhei.
Quando falei para a pessoa que eu não estava com a intenção de brigar com ninguém, essa pessoa me disse algo do tipo: "ah, não, claro... eu sei que esse é bem o seu estilo". Aquilo na hora me tocou fundo e me magoou. Eu coloquei questionei a pessoa sobre como ela saberia qual é o meu estilo já que nunca trabalhamos juntas antes e estou exercendo a função atual há apenas três meses, quase sem contato com ela. Coloquei ainda que ela não me conhece e portanto não tem o direito de dizer aquilo sobre mim, afinal, ela não sabe do que está falando. Ela, percebendo que perdeu os seus argumentos, desculpou-se e encerrou a conversa.
A pessoa em questão não deixou de pensar o que pensava antes e não mudou de posição mas duas coisas dessa história toda me deixaram muito triste:
1) Infelizmente, embora o Senhor seja perdoador, as pessoas não o são (eu me incluo, afinal, tenho dificuldades como qualquer outro nesse quesito);
2) A afirmação dessa pessoa foi especialmente astuta e perigosa: se eu não tivesse certeza absoluta de quem eu sou, quem Cristo é na minha vida e do quando Ele já mudou o meu ser, eu teria aceitado essa condenação falsa e abraçado uma culpa que não era minha, tomando como verdade uma mentira que abriria um buraco em meu coração e causaria um enorme estrago
Bom, saindo dali (seguindo para o cliente), telefonei para alguém próximo e contei o ocorrido. O motorista do táxi ouviu a minha conversa e, quando desci, ele tomou a liberdade de dizer assim: "Deus está contigo! Não fique triste..." e colocou que a filha dele (mais ou menos da minha idade) passa por problemas na empresa dela porque, como ela se destaca muito, às vezes outros querem diminui-la e acabam causando situações similares a esta. Mas ele disse que eu não deveria me preocupar porque sou muito especial para Deus e Ele tem me guardado e Ele vai me honrar.
Na hora saí do táxi mais aliviada mas não me dei conta da dimensão daquilo... Deus colocando um homem absolutamente desconhecido para me consolar, colocar palavras de ânimo e tranquilidade. Nem sei se aquele homem sabe (por sinal, nem tenho como encontrá-lo novamente) mas ele foi profeta do Senhor naquele momento. O comentário dele me ajudou a ter um dia melhor e fez com que diversas outras coisas difíceis que enfrentei no dia fossem mais tranquilas.
Com isso, concluo que:
- Devemos estar sempre atentos ao que acontece ao nosso redor e, de preferência, que peçamos ao Senhor discernimento para entender a origem das coisas e principalmente como reagir a elas do modo adequado;
- O Senhor definitivamente não nos desampara, mesmo nas menores coisas;
- Não devemos nos calar quando o Senhor nos toca: nunca se sabe se um dia não terei a oportunidade de retribuir esse apoio que recebi a outro desconhecido no momento de aflição sendo instrumento usado por Deus para isso
Senhor, dá-me discernimento para identificar o que acontece, sabedoria para agir de acordo com a sua palavra, perseverança para lidar com as consequências e amor para lidar com as pessoas envolvidas.
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