sábado, 5 de maio de 2012

Amizade é tesouro que as traças não destroem

Comecei a escrever este post por causa de um vídeo que vi na internet mostrando uma classe inteira de garotos raspando os seus cabelos para homenagear um rapaz da turma que, por causa de uma doença debilitante, perdeu as suas madeixas.

Escrevi um trecho e guardei-o como rascunho por um período. Depois de um tempo, abri-o novamente, editei mais uma parte e guardei-o novamente como rascunho porque ainda achava que não era bem isso que devia ser publicado.

Hoje eu abri pela terceira vez esse texto e quando comecei a ler o que tinha escrito percebi uma coisa: por mais tocante que seja o exemplo dos garotos daquela turma (que por sinal deixaram o homenageado emocionadíssimo com o ato), não faz muito sentido escrever sobre algo tão distante de mim quando esse exemplo.

Eu conclui a minha faculdade há mais de dez anos, não sou um rapaz, nunca perdi cabelos por ter uma doença limitante (por sinal, graças a Deus nunca tive uma doença desse tipo) e nunca fiz uma homenagem como essa a amigo algum e nem recebi uma homenagem desse tipo. Analisando apenas considerando este aspecto, o meu texto poderia ser bonito mas não seria preenchido pela verdade em minha vida.

Por outro lado, olhando agora o que tinha escrito e especialmente o título (que permaneceu desde a primeira tentativa), percebi o quanto sou agraciada por pessoas sensacionais que Deus coloca ao meu lado para me amarem.

Tenho um amigo que é mais velho do que eu (só um pouquinho mas eu gosto bastante de ressaltar cada um dos dias de diferença só para mexer com ele) e que é especial para mim porque, mesmo sendo ateu, é alguém de tremenda lucidez e coerência, além de possuir uma inteligência acima da média. Com tudo isso em mãos, ele é o cara que, quando preciso, me conta tudo o que tenho que ouvir. É, ele até tenta ser mais sutil às vezes mas é a franqueza dele e a vontade de me ver crescer que fazem com que ele seja tão importante para mim.

Tenho outro amigo (esse bem mais novo) que, por gostar de conversar comigo, me motiva a refletir sobre como a vida funciona e me faz buscar sempre o melhor exemplo para dar a ele (e portanto, me faz pensar e viver de modo mais cristão).

Existe uma amiga que eu conheço há uns vinte anos e que, embora sempre tenhamos sido próximas, agora mais do que nunca nos tornamos irmãs. Tenho uma irmã que, mesmo sendo quase uma década mais velha do que eu, tornou-se nos últimos anos uma amigona extremamente valiosa.

Uma das minhas amigas é tão amiga que virou minha prima. O mais engraçado é explicar para as pessoas quando elas perguntam se ela é parente por parte de mãe ou de pai que na verdade nosso parentesco vem mesmo é do céu.

Um amigo se foi, não porque tenha falecido mas porque nossas vidas tomaram rumos diferentes e hoje nossa amizade não é mais viável como era antes. Dele eu sinto falta dos momentos que passamos juntos e da intimidade que criamos, especialmente pelo fato de que ele me mostrou como ser uma mãe melhor.

Tem muitos outros que eu já chamei de "amigo" mas não passaram de colegas... e outros que eu nem percebi que estavam me oferecendo amizade e eu achei que era muito mais ou muito menos... e eu acabei tomando a postura errada e deixando passar.

Enfim, os que se foram e os que ficaram... todos são importantes por fazerem parte daquilo que sou hoje. E pela vida deles sou extremamente grata a Deus porque sei que cada um deles, de forma diferente, foi ou é exatamente o que eu preciso para ter uma vida plena em Jesus.

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