terça-feira, 24 de julho de 2012

Simples assim


Quantas vezes eu não passei por situações em que me vi sem saída e simplesmente não sabia o que fazer para resolvê-la?

Por quantas vezes eu vi coisas acontecendo na minha vida e não conseguia entender qual era a finalidade de tudo aquilo, especialmente quando o que estava acontecendo não se encaixava naquilo que fazia sentido para mim e eu não via nada de bom ou nenhjum benefício colateral?

Quantas vezes eu resisti a acreditar que Deus tem um propósito para todas as coisas e que se Ele é maravilhoso e perfeito e conta cada um dos fios dos cabelos da minha cabeça não deixaria que nenhum mal me alcançasse sem a Sua permissão e sem um propósito maior em tudo aquilo?

Pois é... a minha resposta é: muitas vezes.

O curioso é que, na maioria delas, eu senti em alguns momentos Deus dizendo (e em alguns casos inclusive ouvi-O dizendo literalmente através de outros ou até sem intermediários) que eu deveria entregar tudo a Ele porque, como diz a Sua palavra, quem entrega o seu caminho ao Senhor e confia Nele não deve temer porque o mais Ele fará. E, mesmo ouvindo, e mesmo sabendo, muitas e muitas vezes eu resisti.

Aprendi desde cedo que sou uma pessoa muito capacitada e que as coisas são obtidas com trabalho (e portanto com a força nos nossos braços). Desde que nasci estou cercada por mulheres fortes que me ensinaram que a vida é assim: então eu entendi que se eu não fizer nada, simplesmente as coisas não acontecerão. Todos os meus exemplos são de mulheres que de uma forma ou de outra, sozinhas na maioria das vezes (e quando digo sozinhas eu falo de mulheres que ganharam o seu sustento e fizeram a coisa toda acontecer sem um companheiro ao lado), fizeram com que as suas casas progredissem, seus filhos crescessem, fossem educados com a maior dificuldade mas com muita honra e no final tudo que elas fizeram gerou frutos colhidos com satisfação.

Por outro lado, vejo homens e mulheres ao longo da minha vida que simplesmente decidiram não fazer nada e perderam a sua vida dando importância para aquilo que não valia a pena, deixando de lado tudo o que era mais precioso e, quando se deram conta, era tarde demais. Esses homens e mulheres simplesmente não trabalharam: deixaram a preguiça e a acomodação tomar conta de seus seres e não tomaram as rédeas das suas vidas, tornando-se (até conscientemente) vítimas das próprias circunstâncias e vivendo às custas das frustrações que permitiram que viessem sobre suas vidas.

Então, tendo um contexto assim, como saber viver entregando o caminho para Deus?

Sabendo que Deus é fiel (e sim, Ele é fiel à Sua palavra e não à nós como muitos declaram) e poderoso para realizar todas as coisas e mudar todas as circunstâncias parece fácil deixar que Ele cuide de tudo. Mas então, eu olho para trás e vejo que não foi assim que aprendi. O que fazer então? Onde é que está o engano?

A grande diferença entre as mulheres fortes que conheci e as pessoas frustradas com quem convivi (e convivo às vezes) é que as mulheres fortes (pelo menos no meu caso) entregaram os Seus caminhos ao Senhor e as pessoas do segundo grupo não. As mulheres fortes souberam fazer aquilo que era mais importante: deram valor ao que tinha valor e não ao que tinha apanrentemente um "alto preço". As pessoas frustradas são pessoas na maioria dos casos aquelas que cansaram de tentar e, diferente do que eu pensava, não nasceram preguiçosas mas tornaram-se cansadas (e depois preguiçosas) simplesmente porque desistiram de tanto tentar e não conseguir nada.

Depois disso, cheguei a um "acordo" com Deus: eu pergunto a Ele o que é o melhor para mim; espero (ou tento de verdade esperar) a Sua resposta; quando eu tenho a resposta, sigo aquilo que me foi dito até o limite das minhas forças; quando não consigo mais ir adiante, entrego a Ele o fim da caminhada pedindo que Ele faça aquilo que eu realmente não consigo. Geralmente dá certo. Só não dá certo quando eu pulo algum dos passos do nosso acordo... mas aí, não adianta reclamar: eu já tenho a receita de sucesso e ainda decido inventar... o que eu esperava? Cabe então arrepender-se, reconhecer que errei, pedir perdão a Ele (e eventualmente aos que eu magoei no caminho) e voltar atrás. Não como a mulher de Ló que sentiu saudade do pecado mas como Davi que reconheceu o seu erro de mandar matar seu general para casar com a esposa dele e pediu perdão implorando para que Deus não imputasse sobre outros as consequências de seus atos.

Para concluir, esse blog é o resultado de uma vida recente mas que tenta seguir de verdade aquilo que Seu Mestre ensina. É através dele que eu posso colocar em prática na minha vida o ide pelo mundo e pregai o Evangelho a toda a criatura, começando na minha rua, seguindo pelo meu bairro, expandindo para a minha cidade e prosseguindo pelo meu estado e dentro e fora do meu país. É o meio de cumprir aquilo que Ele me diz. É o que eu posso fazer. E Ele, gracioso, sempre se encarrega de fazer o que eu não posso fazer.

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