quinta-feira, 16 de agosto de 2012

O maior presente de todos

Segunda-feira completei mais um ano de vida e muitas coisas aconteceram. Ouso dizer que tive um dia praticamente perfeito pela graça de Deus. Começou devagar, um tantinho triste mas, quando engrenou, foi embora e eu não o trocaria por nada.

Acordei de manhã já na casa da minha mãe e senti mais a mudança do que eu esperava. A sensação de frustração (inadequada e mentirosa, reconheci depois) tomou conta de mim no dia em que eu deveria na verdade apenas louvar ao Senhor pelos milagres e maravilhas que Ele tem me concedido. E foi assim que levei a minha filha à escola (as aulas voltaram) e fui para o trabalho.

Ao longo do dia, diversas pessoas foram se manifestando e dando abraços e parabéns, especialmente por redes sociais e por e-mail. Aquilo foi bonito mas não estava ajudando. Então a minha gêmea me ligou. O celular estava com problemas e eu quase não consegui falar com ela mas ficou claro que eu não estava muito bem e combinamos de eu mandar um e-mail para conversarmos. O e-mail, como de costume, ficou longo mas já foi uma primeira oportunidade de refletir e foi o que eu fiz: comecei a listar os motivos para estar alegre primeiro para depois listar o que me incomodava. Foi simplesmente ridículo porque, quando eu vi, tinha apenas duas coisas "ruins" (que na verdade são apenas incômodos momentâneos) contra uma lista incrível de coisas boas... ponto para o Senhor. Recebi ainda uma mensagem da minha irmã do meio e foi bem gostoso, iluminou um pontinho no meu céu.

Continuei trabalhando e a programação mais próxima era o almoço com o meu pai, coisa rara na minha vida, já que ele mora na mesma cidade mas em um bairro distante e, para ajudar, tem uma agenda atribuladíssima, o que faz com que tenhamos poucos momentos como este. Além do mais, ele trocou de carro e eu estava curiosíssima para ver a tal aquisição. Mas ainda não era o suficiente... e além do mais, ainda tínhamos mais de uma hora de trabalho até lá.

Neste período, através de um bate-papo virtual, reencontrei uma moça que, de conhecida do escritório, passou a conhecida minha e depois parceira de oração pela empresa de um modo curioso: um dia, ela colocou um trecho de uma música gospel que isolada não queria dizer muito mas eu conhecia... isso me chamou atenção e eu a chamei para conversar completando a letra. Ela achou curioso porque não esperava que eu conhecesse a canção e começamos a conversar, até que combinamos de orar e ler a Bíblia juntas, o que aconteceu por um tempo breve, até que ela saiu daqui e foi alçar vôos maiores. Mas, o coração e o carinho ficou e foi uma delícia conversar com ela ontem, revigorou um pouco o meu ânimo.

Depois disso, me chamaram para ver algo que inicialmente eu olhei e achei extremamente ofensivo e até me deixou um tantinho chateada. Eu estava voltando ao desânimo anterior por causa de algo inevitável e que, hoje, refletindo, não sei se é tão ruim assim, sabia? Pois é, foi nessa hora que a minha irmã mais velha me ligou.

Eu já fiquei feliz ao ver que era a minha irmã ao telefone mas, quando eu atendi e ela começou a cantar, o meu dia mudou. As lágrimas brotaram nos olhos como forma de aliviar e deixar vazar a angústia que estava em mim de modo que tive que sair de onde estava e ir para outro canto da empresa para que não me vissem chorar emocionada com aquilo que estava acontecendo. Afinal, como seria explicar para alguém que não acredita na Bíblia e não vive uma vida com Deus que aquele momento era uma libertação de Deus através do louvor a Ele? Eu nunca tinha experimentado aquilo e confesso que foi um presente e tanto. Por sinal, me faz pensar que nunca mais posso deixar de cantar para Ele porque isso pode fazer diferença na vida de alguém de verdade.

Muitas lágrimas depois, chegou a hora da voltinha de Fusca. Meu Deus, o carro é verde!!! Bom, o carro era ligeiramente diferente do que eu esperava mas, sinceramente, a alegria que vi no meu pai ao me mostrar cada botãozinho e comando do novo carro dele foi, como se diz em inglês, "priceless" (algo como "não tem preço") e valeu cada momentinho de espera pela troca (e olha que foram muitos, ele demorou cerca de sete meses para isto).

Voltei ao trabalho mas já era outra pessoa. Meu companheiro me mandou mensagem e ficamos de nos encontrar. Chegando no escritório, ganhei um presentinho bem bonito de uma amiga que amo profundamente, mesmo que outros não entendam os motivos (bom, nem eu às vezes). Continuando a tarde, o Brasil ganha uma medalha de ouro com um rapaz na ginástica artística. Ok, eu não tenho nada a ver com isso, mas fiquei feliz porque é a primeira medalha de ouro da América Latina e foi no dia do meu aniversário e era a modalidade que meu pai me colocou quando criança e me incentivou de diversas formas para que eu fizesse exercícios e as pernas tortas fossem consertadas (por sinal, funcionou).

Ao final do dia ganhei uma carta linda de alguém bem importante para mim. Nela ele dizia muitas coisas lindas mas a mais importante para mim foi a frase "eu acredito em você". Aquilo foi como a chave de ouro para concluir o dia.

Mas, quando eu achei que tinha se acabado, recebo a ligação da minha filha perguntando se vou demorar porque ela quer que eu jante... hum, aí vem coisa. Quando cheguei em casa, vi ela e a minha mãe fazendo um strogonoff de carne para colocar no pão italiano (por sinal, ficou uma delícia) e um vasinho com uma flor branca linda enviada por um casal amigo abençoado. Que fim de dia!!! Sentei para esperar o jantar e assisti ao Brasil ganhar da Alemanha no vôlei masculino de quadra e acabando o jogo nos deliciamos com a iguaria.

E aí, o dia que começou devagar, até um pouco tristinho, terminou lindo e radiante. E o Senhor, mais uma vez, provou que não importa como começamos mas sim a fé Nele de que tudo vai melhorar e, como eu pude ver, o dia realmente foi sensacional.

O maior presente, no fim de tudo, foi ver o quanto Deus tem mudado a minha vida, aproximando pessoas de mim para me amar e me ensinar a ter uma vida cristã mais consistente e próxima Dele que é o verdadeiro início e o melhor fim de todas as coisas.

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