terça-feira, 27 de novembro de 2012
Não se pode julgar a mão pela primeira carta
Ainda por causa do jogo que mencionei no último post me dei conta de algo que sinceramente só consigo descrever de uma única forma: "VESH!!!!!"
Bom, antes de mais nada, sei que tenho que explicar a expressão. Resumidamente, "vesh" é uma adaptação mais interessante (na minha opinião) da tal expressão "vixe", que no fim das contas é mesmo uma contração popularizada da exclamação "virgem maria!!!". É, eu sei, a expressão original não ajuda se pensarmos no intuito original mas, considerando o sentido figurado (que é o que me interessa aqui) significa apenas o espanto de algo que simplesmente deixa o outro sem palavras, absolutamente pasmo e sem reação por conta daquilo que acabou de ver. Explicada a expressão que resume o meu sentimento, acredito que posso prosseguir.
Enfim, acho que eu e a minha filha jogamos hoje umas sete ou oito rodadas do jogo, algumas bastante disputadas (a maioria para dizer bem a verdade) e outras mais rápidas e o placar final ficou bem justo e muito igual. De qualquer forma, mais do que uma disputa propriamente dita entre as duas, a ideia era passar o tempo de modo divertido e foi isso que fizemos.
Só que, como descrevi no post anterior, o objetivo é descartarmos todas as cartas da mão antes do seu adversário e cada jogador deve descartar pelo menos uma carta da sua mão que tenha o mesmo número da carta da mesa ou a mesma cor. Se as cartas de suas mãos não contiverem nenhuma carta nessas condições então o jogador é obrigado a comprar mais uma carta, o que teoricamente não colabora muito para o atingimento do objetivo final.
Como jogamos várias vezes e o baralho é de papel (com acabamento de verniz, é verdade, mas mesmo assim não é das coisas mais duradouras que se fez na indústria de brinquedos) e embaralhar decentemente é meio complicado porque o risco de estragar a carta é grande e elas não deslizam entre si, além de não ser nada fácil fazer dois montinhos e soltar as cartinhas uma a uma rapidamente com as duas mãos mesclando-as porque elas não são exatamente flexíveis. Daí, a "mão" do início do jogo de cada jogador pode não ser assim a coisa mais promissora do mundo.
Só que, numa dessas rodadas, a minha filha perguntou: "e aí, mãe, como está a sua mão?" e eu, que só tinha olhado a carta da mesa e a primeira carta que tinha recebido e vinha de uma derrota, respondi "nossa, realmente péssima...". Só que, em seguida, o jogo se desenrolou de tal forma que, por fim, acho que foi uma das melhores partidas que fiz.
Então, me caiu a ficha (é, eu sei, estou cheia de expressões de linguagem hoje) de que, na verdade, não podemos julgar todas as cartas da mão pela primeira que olhamos ou pela primeira rodada da partida. Eu tive a oportunidade de ver, de modo lúdico algo que na Bíblia tenho visto e lido (e me esforçado em oração para viver constantemente) que é: "Não estejais inquietos por coisa alguma (em algumas traduções aparece como "não andeis ansiosos"); antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica, com ação de graças." (Filipenses 4:6).
E mais, para citar corretamente o trecho neste texto, acabei lendo o versículo seguinte, que diz: "E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus" e com isso entendo que a consequência de entregarmos a Deus tudo aquilo que está em nossos corações é sermos realmente cobertos com a paz que, inexplicavelmente, guarda a nossa vida e faz-nos seguir em frente cumprindo o propósito do Pai neste mundo. Glória a Deus por mais essa resposta!
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