terça-feira, 8 de janeiro de 2013
Quem está preso ao passado, olhando-o pelo retrovisor, atropela novas oportunidades
Acabei de receber essa frase como reflexão. Confesso que, embora muito verdadeira, fico a pensar o quanto ela é aplicável a cada um de nós. Bom, na verdade, só posso (e mesmo assim sem total clareza sobre o assunto) avaliar o quanto e como se aplica a mim.
Ter recebido isso foi, apesar de parecer ridículo, uma paulada na cabeça. Sim, preciso entender o que é passado, o que é presente e o que pode ser o futuro e colocar cada uma dessas coisas em seu devido lugar.
O futuro devo deixar que Deus se encarregue dele... e que fique em seu canto até que seja presente. Isso não significa que devo parar de sonhar ou planejar (ok, fiz de novo... kkkk... alguém me disse que quando eu escrevo eu tenho essa mania: começar colocando um ponto e em seguida apresentar um contraponto, sempre deixando a questão com pelo menos dois lados... é, pensando bem, eu faço isso mesmo, mesmo sem perceber). Por outro lado, ficar mirando o meu objetivo ou o meu sonho sem fazer um pouquinho por dia para que ele se realize beira a utopia e é um atraso de vida porque só traz ansiedade.
O passado, como o próprio nome diz, já passou... ou deveria ter passado. Quando ele persiste em nossos corações, ele fica só atropelando mesmo os presentes que ganhamos no dia de hoje, matando os sonhos e causando frustração e amargura. Como dizem por aí, quem vive de passado é museu... mas a quantidade de passado que algumas pessoas que eu conheço carregam beira a insanidade. Conheço uma mulher, por exemplo, que jura que não, mas guarda mágoas de uma pessoa por mais de três décadas... conheço uma senhora que deixou a mãe morrer e sepultou com ela a oportunidade de resolver mágoas da infância e é um poço de mágoa e morte dos sonhos e de perdão.
O presente, quando é desprezado, pode ser pior do que arrastar o passado como uma bola de ferro nos pés ou como voar com o futuro como se vivesse com milhares de balões cheios de gás hélio nas costas. Um te controla por inteiro e você fica sem movimento. O outro também, muito embora não se tenha nenhuma previsibilidade e nenhuma chance de realizar planos e sonhos.
Por outro lado (olha o contraponto de novo), deve-se tomar cuidado para não sofrer daquilo que outro dia ouvi sendo definido como "síndrome de Fábio Júnior" ou "Síndrome de Gretchen": homens e mulheres que, ao invés de resolver o seu passado, partem para algo que parece novo mas, no fim, fica sendo só mais do mesmo ranço de antes.
Uma coisa que definitivamente tenho aprendido é que o perdão é a chave para tudo, é sempre a chave. Outra coisa é que no presente temos que lembrar que só Deus é capaz de resolver tudo e carregar os maiores pesos: quando a gente tenta ficar no lugar Dele só se dá mal... e prejudica tudo.
Perdão não é um sentimento; é uma decisão. No começo, é muito mais uma atitude de fé do que uma vontade da alma. Mas, se todos os dias liberamos perdão para aqueles que entendemos que nos magoaram, Deus é poderoso para limpar os nossos corações e colocar as nossas frases e as nossas vidas no tempo verbal correto.
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