quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Are you on the mood???


Ontem eu estava escrevendo dois textos que pretendo postar em breve (se possível ainda hoje) e um está ligado ao outro... na verdade, um é o contraponto do outro. Só que, como os títulos são complementares, eu fiquei pensando como seria melhor: escrever o lado bom primeiro e o mau por último ou vice-versa. E notei que nunca pensei nisso, simplesmente porque isso é escolhido meio que automaticamente de acordo com o meu humor.

Ontem em especial eu estava meio irritada com algumas coisinhas e por isso percebi que, embora tenha começado a escrever sobre a coisa boa, automaticamente concluiria com a coisa ruim, e isso simplesmente mostrou para mim que, embora eu estivesse vendo coisas boas no meu dia, no final das contas, eu estava vendo um defeito.

E aí, percebi que, dependendo de como está o meu dia, tudo ao meu redor vai ficando de um jeito ou de outro... um tempo atrás eu achava que porque tenho uma personalidade marcante eu tinha o poder de mudar o ambiente em que estou... quanta arrogância, não? A verdade é que, independente do meu estado de ânimo, quando deixo Deus brilhar através de mim (e deixo o meu ego de lado), aí sim as coisas ao meu redor mudam, mas não por minha causa... por causa Dele. Por outro lado, quando eu estou mal e não mantenho o meu foco em Deus, adivinha??? Tudo estraga... e a culpa não é minha só, mas a responsabilidade por não deixar Deus agir e melhorar o meu contexto é.

Se o meu humor influencia em um texto, imagine o quanto não deve influenciar no restante, especialmente no meu relacionamento com outras pessoas...

Há dois anos atrás eu tomava um remédio chamado "fluoxetina" e o objetivo dele é controlar o humor. A justificativa para tomar esse remédio controlado cheio de efeitos colaterais, entre eles um componente psicológica e fisicamente viciante era a TPM que alterava de modo incontrolável o meu humor, fazendo com que eu gritasse com uma pedra que entrasse no meu sapato (literalmente). Imagino como devia ser difícil conviver comigo nessa época... enfim, agradeço a Deus porque ela se foi.

Só que, fazendo uma retrospectiva, percebo que a TPM era só um sintoma: a minha vida sentimental era ridícula e cheia de lixos (velhos e novos), a vida familiar foi ficando de lado, amigos eram raros, o cotidiano no trabalho era no mínimo depressivo e embora existisse a célula, ela não era mais do que uma reunião semanal e alguns papos extras com a minha irmã. Ou seja, deixei Deus de ladinho, cuidando do quintal do meu coração enquanto eu decidi manter as coisas funcionando "dentro da casa".

Em um determinado dia, em um momento de ousadia e fé (e uma pitada de loucura) eu decidi parar de tomar o remédio. Enfrentei o período com oração, determinação e apoio da minha filha, mas acima de tudo, com a mão forte de Deus que teve misericórdia e me libertou daquilo que estava se tornando uma necessidade vitalícia.

Depois disso (mas não por causa disso) as coisas na minha vida espiritual foram mudando... pelo menos era o que eu pensava. Até que me dei conta de que na verdade só foi possível me libertar do remédio e ser alguém melhor porque eu permiti que Deus saísse do quintalzinho em que O coloquei no meu coração e permiti que Ele começasse a arrumar todos os cômodos da casa... bom, o trabalho ainda não acabou mas como Paulo diz para os filipenses em sua carta "Aquele que começou a boa obra em suas vidas é fiel para completá-la" e eu, como imitadora de Paulo (que era imitador de Cristo) creio que esta palavra é para todo aquele que crer no poder Dele e eu me incluo nisso.

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