segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013
A semente da mudança
Trabalho com pessoas colocadas por Deus ao meu lado para me fazer ver o melhor da vida. E hoje, como sempre (mesmo quando eu não percebo ou não reconheço), Deus me deu um presente através de uma dessas pessoas: um rapaz que trabalha comigo estava muito, mas muito irritado e esse não é o seu humor habitual, o que fez com que eu notasse e visse que tinha algo diferente. Como a gente conversa com certa frequência até por conta do trabalho, começamos a conversar e ele explicou que brigou com a namorada. Como não podíamos conversar naquele momento, sugeri de conversarmos no almoço.
Pois é, lá fomos nós almoçar e ele, que é um rapaz absolutamente apaixonado pela namorada (inclusive de vez em quando dá vontade de vomitar vendo os dois trocando mensagens fofinhas em redes sociais e outros meios), começou a reclamar de um montes de coisas sobre a relação deles; falou que eles andam brigando muito, que eles andam tendo realmente uma série de atritos por conta de várias pequenas coisas, mas especialmente por conta da família dela.
Almoçamos em um lugar que fica mais ou menos umas sete quadras do escritório e no caminho todo ele foi reclamando. Inclusive ele continuou a reclamar e culpar o padrasto dela, a mãe e a ela mesma pela piora do namoro deles por uma série de motivos que fazem muito sentido. E eu, milagrosamente, fui escutando, eventualmente fazendo algumas onomatopéias (barulhinhos) para ele perceber que eu estava acompanhando.
Chegamos ao restaurante e ele continuou expondo as suas razões e os fatos pelos quais ele andava tão decepcionado com todo o relacionamento e como ele se sente com tudo o que está acontecendo. Deixei-o falar bastante e quando entendi que tinha informações suficientes eu pedi para falar. Para mim estava muito claro o que estava acontecendo, especialmente por estar de fora da situação, e pude colocar claramente como entendo o que ele descreveu. No fim das contas, falei de diversas coisas que tinha entendido pela descrição dele e foi muito bom porque percebi que ele pode ver as coisas por uma outra perspectiva.
A coisa mais preciosa dessa conversa foi ter concluído que ele é a semente da mudança nessa família. Só que, como semente, ele precisa se plantar na terra e se abrir para que, morrendo, dê lugar a uma linda árvore que com o tempo nascerá do seu posicionamento e das suas atitudes focadas no que deve ser feito e não no que é agradável fazer.
E aí, ouvindo tudo o que eu disse a ele, percebo o quanto Deus me amou ali; afinal de contas, no meu contexto, eu sou a semente da mudança. E como semente, eu tenho que me abrir para morrer e dar espaço para que o meu coração possa ser fixado na terra fértil que é a palavra do Senhor e dar espaço em minha vida para que a árvore com os frutos do Espírito possa crescer ao longo do tempo e trazer a sombra agradável para os que se achegam.
Ou seja, além dele ser instrumento de Deus para que eu parasse de ficar me lamentando por absolutamente nada (e por favor, parar de escrever posts magoados como o anterior), ele foi o canal para que Deus me mostrasse que a mudança está em minhas mãos e a chave, ou o primeiro passo, é decidir perdoar. O meu coração é a semente; o perdão é o nutriente da terra para que com as lágrimas de arrependimento e de alegria a cada conquista que Deus nos concede a árvore dos bons frutos cresça e possa realmente trazer mudanças positivas, melhorando a vida dos que estão à minha volta.
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