sexta-feira, 15 de março de 2013
A pessoa de Isaías 61:3 hoje era eu mesma
Como eu queria ser mais esperta... como eu queria que as coisas fossem mais simples na minha cabeça e tudo fizesse sentido mais rapidamente ao invés de ficar passando por dias e dias (às vezes meses ou anos) de discussões internas e batalhas mentais para chegar à conclusões que muitas vezes eu já sabia que chegaria no fim mas não dei o braço a torcer...
Nos últimos tempos tenho tido saudade de coisas que há muito tempo não tem feito falta: beber cerveja e vinho (eu nem gosto de vinho inclusive), sair para jantar, sair para dançar, viajar para lugares de consumo gastronômico e de outras coisas que na verdade não tem nada de errado em si mesmas mas que dependendo da motivação do coração e de como são feitas podem causar grandes confusões (para mim e para outros). Só que essa falta que tenho sentido ela vem em um momento em que me propus a viver um período de jejum, o que complica tudo um pouco mais.
Ontem, pensando sobre o assunto, percebi que na verdade eu tenho sentido falta de coisas que eu até gosto bastante mas que deixei de ter como prática constante porque simplesmente não funcionam na minha vida (pelo menos não como eu as praticava). O problema não é beber: o ponto é perder o controle e beber mais do que deveria, perdendo o controle; ou sair para dançar e, ao invés de dançar, começar a procurar companhia masculina de um modo que não faz sentido e para cobrir uma carência que eles não vão conseguir suprir.
Abri mão dessas coisas como práticas não porque elas em si fossem ruins mas porque eu as usava como fuga da pressão do dia-a-dia ao invés de buscar a Deus como alívio da alma e do espírito. Quando eu bebia, muitas vezes, não era pelo sabor da bebida mas era pela sensação de brincar com o controle do corpo em relação ao álcool... era para provar para mim (e para o álcool) que eu podia manter o controle e sabia parar. No passado claramente eu não sabia quando parar, o que dava bem errado e só me causava problemas. Depois, aprendi quando parar e fiquei só na degustação mas mesmo assim beber já não me traz a mesma satisfação.
Deixei de procurar bocas aleatórias para beijar porque percebi que por melhor que fossem os beijos ou os carinhos, eles não eram fruto de um caminhar conjunto e no fundo, por mais que eu goste de beijos, o que me faz falta de verdade é o andar de mãos dadas, não só no sentido literal mas especialmente no sentido figurado: acordar de manhã e desejar um bom dia, e ao final do dia saber que aquela pessoa que fez o desejo matinal está ali para ouvir se o seu desejo se cumpriu ou não e o que ela pode fazer para que o próximo dia seja melhor. E isso não se encontra em uma baladinha ou um lugar descolado ou uma festa qualquer.
Mas, nestes dias, mesmo consciente dos motivos das minhas escolhas, Deus tem permitido (e só digo isso porque na Bíblia diz que nem um fio de cabelo cai da cabeça de alguém sem que Ele o permita) que eu sinta falta dessas coisas de novo. Ele também tem me permitido lembrar das consequências de quando eu busquei essas coisas em outros dias e cá para nós: mesmo sendo agradáveis no começo só me fizeram perder tempo e ficar triste no fim, além de ferir outros.
Deus é tão bondoso que eu acabado de escrever este texto e quando fui postar recebi uma mensagem de texto no celular que diz: "Todos deveriam desenvolver o poder mental para funcionar bem em todas as circunstâncias: dormindo ou não, comendo ou não, descansando ou não. Um dia menos influenciado pelas condições externas para nós!".
E foi através dessa mensagem que veio a resposta e o incentivo que eu precisava quando escrevi a primeira conclusão, que era a seguinte:
"Creio que mais uma vez tenho tido de Deus a oportunidade de fazer a escolha certa, deixando de confiar no meu coração e passando a confiar no plano Dele para mim. Como ainda não sei direito como fazer isso da maneira certa (ou seja, abraçar de vez essa escolha de vida que Ele me oferece) a minha oração para o dia é que Ele me dê forças e me mostre que, no fim desse tempo, a minha escolha por Ele é o que faz sentido e definitivamente vai valer a pena."
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