terça-feira, 26 de março de 2013
Manter a posição
É interessante como manter a postura vale a pena. Eu nunca tinha experimentado isso até agora mas, sinceramente, tenho visto que, quando adotamos uma postura correta, por mais complicado e dolorido que seja fazê-lo no começo, manter a postura adotada é a escolha certa.
Inicialmente a minha experiência começa com o meu físico mesmo. De fato, depois de seis meses, passei a ter problemas novamente por conta de postura da coluna e as dores só aumentaram, mesmo eu tendo feito RPG e tentado cuidar da minha postura por conta própria. Mas, por outro lado, como eu não treinei, ou seja, só fiz algumas lições de correção postural mas não mantive o foco em fortalecer a musculatura, acabei tendo o mesmo problema de antes mas agora com uma intensidade maior.
Saindo do aspecto físico, em outros pontos da vida tem sido da mesma forma. No trabalho, decidi adotar uma postura verdadeiramente colaborativa porque de fato entendi que para ser cristã (ou seja, seguir o modelo de Cristo) eu deveria manter sempre uma postura de colaboração com o bem estar das pessoas visando agregar à equipe e não dividi-la ou ainda causar problemas aos meus superiores. Fiquei ciente de que isso não significava necessariamente concordar com tudo mas significa sim perguntar para entender e aceitar sempre que algo ordenado não fira os meus valores ou vá prejudicar deliberadamente a outro. É difícil, especialmente para alguém que, como eu, sempre acha que tem algo inteligente e bacana para compartilhar (pura arrogância porque eu tenho visto que no fim colaboro mais em alguns casos com atitudes do que com discursos).
Falando ainda do meu trabalho percebi que as coisas começaram a mudar de modo extremo e algumas coisas aconteceram recentemente: além de uma grande amiga ter ido embora, hoje tivemos a notícia (mais uma vez) de que estão sendo recrutadas pessoas para posições chave na empresa sem processo seletivo com quem já está aqui. Ou seja, estão sendo trazidas pessoas de fora sem que os de dentro sejam considerados. Não é possível confirmar o critério de escolha desses profissionais e, de verdade, o discurso adotado distoa em vários pontos daquilo que tem sido praticado.
Bom, e por que manter a postura ajuda? Porque em momentos de crise é melhor procurar o lado bom e tentar não atrapalhar ao invés de sair vomitando as minhas mágoas ou inseguranças para outros, já que estes já tem as suas próprias e precisam mesmo é de ajuda.
Confesso que hoje, com a pressão, não sei se lidei da maneira correta. Conversei com quem deveria mas talvez depois tenha me expressado mais do que devia especialmente em um momento de agitação emocional ao invés de orar, que seria o correto. Fico triste porque espero que Deus me ajude a diminuir os impactos daquilo que tem ocorrido e espero sinceramente que eu não tenha prejudicado ninguém com o que disse. De qualquer modo, saio com a incumbência pessoal de iniciar o quanto antes momentos regulares de oração pelas pessoas da empresa. O negócio em si pode até ser importante mas, sinceramente, dinheiro vem e vai e ele só é bom quando é um meio para as pessoas terem sobrevivência digna. Quando o dinheiro faz com que as pessoas corram atrás de outras coisas que não ajudam na convivência interpessoal, definitivamente, o aspecto financeiro deve ser repriorizado, considerando como urgência o crescimento das pessoas envolvidas e na medida do possível seu bem-estar.
Vejo então que saímos de um período de jejum de vinte e um dias em que aprendemos a corrigir posturas, entendendo como devemos agir. Agora, é tempo de exercitar. Ainda estamos vivendo um tempo extra de treinamento antes de enfrentar de fato o que fomos planejados por Deus para viver de desafios e conquistas por Ele, com Ele e para Ele.
Então, o momento é manter posição, sem esmorecer, sem fraquejar. O momento é de orar constantemente, não só para que o amor inunde o meu coração e com isso eu possa de fato ser instrumento aprovado pelo Senhor nos conflitos e desafios do porvir em breve, mas principalmente para que eu não fique sufocada com o peso de uma responsabilidade que não é minha. Afinal, eu sou uma colaboradora, mas a obra é Dele e o mérito, ao final, também é Dele. Porque eu, sem Ele, não consigo fazer nada disso. E essa é a chave.
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