sábado, 27 de abril de 2013
Será que eu posso me sentar por aqui?
Nesses dias tenho lido um livro chamado "A Casa Favorita de Deus" escrito pelo grande homem de Deus chamado Tommy Tenney. Eu comecei a lê-lo porque eu já tinha lido outros livros dele e particularmente gosto da maneira como ele escreve: fluida, leve mas profunda, marcante mas doce, reflexiva sem ser deprimente.
Enfim, comecei a leitura esperando um livro leve e cheio de referências gostosas sobre coisas em geral que acontecem na vida de um cristão. Sim, porque, como diz o autor no começo, nós somos as casas preferidas Dele. Ok, o conceito é profundo e precisaria um pouco mais do que meras linhas para explicar o que de fato quer dizer essa revelação preciosa. Então, por hora, peço ao leitor que apenas acredite no que eu digo para que possamos seguir adiante. Se tiver dúvidas, podemos conversar sobre isso em algum momento mais propício (bom, eu posso escrever sobre isso mais para frente, mas posso sugerir autores realmente bons que farão com que tudo isso seja muito mais fácil de entender do que qualquer explicação minha, eu acho).
Continuando com o livro em questão, em um determinado ponto, o autor conta sobre como aprendeu algo tão precioso com um amigo de infância. Esse seu amigo nasceu com uma desordem hormonal e por isso é realmente obeso. Ele é grande de um tanto que, como ele conta no livro, seu amigo tem muita dificuldade de visitar as pessoas que ele gosta. E o problema parece bobo mas é fundamental: o seu amigo, por causa do seu tamanho, nunca tem um lugar adequado para sentar-se. Isso porque, com todo o seu peso, definitivamente, pouquíssimos assentos são adequados para suportá-lo. Então, o seu amigo vai à casa de outros, fica na porta espreitando pela janela, olhando se dessa vez colocaram um outro assento que possa suportá-lo e, se ele não encontra algo que valha a pena o teste, ele arranja uma desculpa e simplesmente vai embora. E ao chegar de volta no seu carro ou na sua casa, ele chora triste por não poder estar com seus queridos mais do que breve momentos.
E aí vem o que o autor aprendeu sobre Deus: Ele é tão grande, e a Sua glória tão pesada, que simplesmente não é qualquer casa que pode A suportar. Então, o autor ficou imaginando Deus que, como o seu amigo, vem à nossa porta, olha pelas nossas janelas (mesmo quando O convidamos para visitar-nos) e bate na porta do nosso coração e, ao abrirmos, O convidamos para entrar mas, Ele olha em volta e certifica-se de que, infelizmente, não existem "assentos" para suportar toda a Sua glória, e Ele se vai. E vai embora triste porque o Seu real desejo era de fato habitar em nós e não apenas passar alguns segundos na soleira de nossas portas, trocando meia dúzia de palavras.
E eu fiquei pensando: sinceramente, nem sei por onde começar a preparar a minha casa para receber tal peso de glória. Eu certamente não tenho "cadeiras" que O suportassem, e nem imagino onde comprá-las ou como fazê-las. Fiquei triste porque percebi que, enquanto eu não entender como providenciar esse assento especial, Ele só vai bater à porta do meu coração e eu vou sentir a Sua doce presença por breves momentos porque, de fato, não suportaria a Sua glória.
Então, fica um pedido de oração: como sair da superficialidade de viver contentando-me apenas com breves momentos de Sua presença para passar a ter uma vida de fato plena da Presença, do Espírito e da Glória Dele? Senhor, me ajuda a entender como construir um assento especial para Ti em meu coração, um trono de glória que possa suportá-Lo e aconchegá-lo quando estiver comigo para que, assim, eu seja de fato, uma das suas casas preferidas.
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