quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Para que serve o sal?

"Vós sois o sal da terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens." (Mateus 5:13)

Somos chamados para ser o sal da Terra. Mas para que serve o sal? Antigamente, o sal tinha uma função essencial: conservar animais mortos para que eles continuassem próprios para o consumo por mais tempo. Imagine só: hoje a gente tem geladeira mas no passado não tinha esse lance de gelar tudo; era na base do sal e comia-se a comida com outro gosto.

Outra função era a de neutralizar as impurezas depositadas no solo quando alguém defecava (pois é, na época não existia banheiro então as pessoas resolviam as coisas onde era possível). Deste modo, o sal impedia que determinados germes e bactérias que estivessem dentro do corpo humano se espalhassem pelo solo.

Mas tanto em uma situação quanto em outra existia (e existe até hoje) um truque: o excesso pode ser tão maléfico quanto a falta. Você já tentou comer uma comida que foi salgada demais? Se foi só um pequeno descuido e a quantidade passou só um pouquinho do ponto, então o que fica é aquela sede terrível que só um bom copo de água pode matar. Mas e quando a pessoa exagerou de verdade? Eu tentei comer uma vez e só de encostar na língua dá vontade de vomitar. É absolutamente terrível.

Acredito que da mesma forma colocar sal demais na terra não deva ser um bom negócio. Afinal, o sal retém líquidos e imagino que muito sal teria mais ou menos o mesmo efeito que a quimioterapia: mataria a doença e o doente. Penso então que neste caso o sal tem também uma medida certa.

Trazendo para o que a Bíblia diz, não creio que o sal esteja comparado ao amor porque eu realmente entendo que quanto mais amor melhor. Vejo então que o sal é comparado às nossas atitudes, pensamentos e sentimentos. Alguém sem nenhuma reação, completamente passiva o tempo todo, definitivamente não causa nenhuma mudança em seu contexto. Por outro lado, alguém que reage o tempo todo incomoda tanto que passa a ser ignorado (eu sei isso porque eu mesma sofro essa reação muitas vezes).

Então, como disse uma vez alguém que conheci, a melhor quantidade de sal é aquela em que, proporcionalmente ao que se pretende salgar, ele não é notado. Ou seja, para aquela quantidade, não falta sal e nem sobra sal. Sendo assim, em uma determinada situação, a melhor medida é ter uma reação proporcional. Nada de ficar panguando como se não fosse com você, e nada de dar chilique e gritar enlouquecidamente aquilo que está certo (porque aí você, mesmo estando certo, perde a razão).

Aprendi que às vezes o melhor é falar e às vezes o melhor é calar. Tudo a seu tempo e tudo na medida da ação inicial. Nada de exageros, nada de desespero, nada de descontrole, nada de omissão. Tudo isso é errado e é prejudicial para todo mundo, inclusive para nós mesmos. Assim, seremos o sal do mundo: salgando na medida certa, sem sermos indiferentes e sem matarmos a tudo e a todos.

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