Enquanto eu estive com ela (por quase dois anos) eu vi o quanto ela orou por isso, e o quanto eu achei que já estava sendo realmente expandida em tantos sentidos, mas hoje vejo que tudo aquilo era mesmo uma preparação para o que eu viveria nesse tempo de hoje. Afinal de contas, quem diria que aquela mulher de dois anos atrás estaria vivendo quase que o tempo todo apenas para servir outros, deixando de lado suas preferências, seus costumes, seus gostos, suas manias, e procurando superar em Jesus todas essas coisas para que Ele brilhe ao invés de seu ego, seu conhecimento, seus pensamentos e sentimentos?
Hoje eu vejo o quanto isso era necessário antes, e agora eu sinto (às vezes até fisicamente) os efeitos desse alargar, porque realmente eu acho que só dormi tão pouco na minha vida em dois períodos anteriores: quando minha filha nasceu (e claro, nos primeiros meses de sua vida) e quando eu assumi uma posição de coordenação de equipe e de implantação de projetos fora da minha cidade, acumulando papéis, funções e atividades. Era cansativo, mas eu seguia dia a dia achando que tudo aquilo era bom, e que era o melhor a se fazer. Doce ilusão: a situação atual é muito mais estressante, mais profunda, mais tensa, mas ao mesmo tempo, sei dos frutos eternos que estou plantando, e isso me faz ver que, mesmo não vendo nada por agora, um dia isso tudo fará diferença na vida dos que estão ao meu lado e Jesus será absolutamente irresistível, não por mim, mas porque sei o quanto Ele tem pressa e interesse de mudar a vida dessas pessoas, e o quanto Ele tem me alargado para que eu possa ser útil nesse novo contexto.
Em alguns momentos me sinto exausta, mas sei que essa sensação é um misto de três coisas: o resultado do desgaste da luta enfrentada, os efeitos das horas de sono que estou devendo pra mim mesma e o fato de depender mais de Deus agora do que nunca, já que estou me propondo a carregar algo maior, e claro, não tenho forças (e quando começo a passar do meu limite, até o corpo me lembra que estou puxando pra mim expectativas e cuidados que não são meus, e que é Deus quem cuida, salva e pode todas as coisas). Nessas horas, o negócio é entregar mesmo, e fazer com que tudo o que eu espero seja simplesmente deixado de lado; essa é a melhor hora de se colocar nos braços Daquele que sustenta todo o universo com a ponta do dedo menor. Aliás, já pensou que temos um Pai de tamanha magnitude? Difícil de entender, especialmente quando esse Pai nos convida a termos intimidade com Ele como se Ele, de repente, ficasse quase que do nosso tamanho, como que assumindo uma fração de si mesmo, e viesse sentar-se conosco à mesa, ou ainda na grama pra fazer um piquenique e conversar sobre a vida, contar o nome de cada estrela e as histórias dos que passaram que não conhecemos mas que Ele conheceu tão de perto... uau, sem palavras pra entender... só provando um relacionamento assim!
Uma coisa tenho certeza: estou vivendo coisas que sonhei e que pedia mas que não acreditava que fossem realmente possíveis... e Ele as tornou reais, assim como esse alargamento que vem acontecendo. Pode ser até que todas essas coisas estejam acontecendo através desse alargamento que Ele vem proporcionando... como saber? O fato é que, no fim das contas, independente se o alargamento é a causa ou a consequência, ele vale a pena, porque assim como tudo o que Ele nos sugere, essa é a melhor vida que alguém pode viver. Por isso sou extremamente grata a Ele!
Nenhum comentário:
Postar um comentário