Cheguei a um ponto da minha vida em que estou começando a achar que algo dentro de mim se desconectou. Sinto que, de algum modo, estou me permitindo viver em circunstâncias que não fazem sentido simplesmente porque tenho medo de não conseguir nada diferente. Por outro lado, a minha fé é tão ridícula que eu penso que se eu sair dali Deus não me proverá de algum outro modo. Não sei porque mas isso me prende, como se eu tivesse que fazer a coisa certa pra ter a provisão e o cuidado de Deus sobre a minha vida. Como se Ele já não tivesse me amado primeiro e como se Ele não fosse o maior interessado em me fazer feliz.
Mas... se Jesus morreu na cruz por mim e isso significa que não preciso ter medo de errar porque Ele me ama de qualquer modo, e porque assim como um pai, se eu me meter em encrenca, Ele vai me ajudar, por que mesmo eu continuo achando que preciso me sujeitar a certas coisas que na verdade não fazem sentido nenhum?
Nunca estive tão bem em toda a minha vida: sei que sou amada por Ele e pelas pessoas mais importantes que eu conheço, que são meus pais, minhas irmãs, meu namorado é minha filha (embora ela não admita de modo claro, sei que ela, do seu jeito, me ama). Sei ainda o que já sei fazer e sei o que posso aprender e avançar, e sei que ainda tenho muita coisa pra fazer em tantos níveis que, de verdade, esse medo que aprisiona e mata, colocando por escrito, me parece mais uma formiga do que o dragão cuspidor de fogo que ele insiste em parecer.
E ontem, depois de dois dias inteiros ouvindo muitas coisas sobre a Bíblia e sobre o evangelho (e algumas inclusive erradas de uma pessoa que eu caí na besteira de deixar questionar coisas que ela nem sabe como são), ouvi de um pastor que toda vez que dizemos a alguém o famoso "Deus te abençoe", na verdade, estamos declarando algo que não faz sentido, porque com a Nova Aliança simplesmente já somos abençoados. Isso significa que teremos tudo o que queremos? Não, isso significa que não precisamos ter medo do que acontece, porque sempre somos abençoados.
Isso significa que somos imbatíveis e intocáveis? Não, isso significa que se algo nos atingir, continuaremos a sermos amados e podemos buscar Nele forças pra levantar mais uma vez e seguir adiante. E se morrermos? Que seja pela coisa certa: vivendo uma vida que vale a pena ser vivida, pela qual vale a pena morrer se for necessário.
Então, se já somos abençoados por Deus, sinceramente não faz o menor sentido manter a postura que venho mantendo diante de certas coisas. Não preciso ter medo de me relacionar, não posso ter medo de provocar ou ser alvo de mudanças, e não faz sentido paralisar por medo de seguir a direção errada. Por que no fim, O caminho mais elevado é o Amor. E o resto.. bom, ou é consequência ou é perda de tempo.
Então, eu decido que 2018 é o ano da ousadia. Decido que de agora em diante, mesmo medindo as consequências pra procurar não machucar ninguém, eu rejeito esse espírito de medo, esse estilo de vida que amarela quando dá de cara com algo que parece impossível, e deixo de lado tudo aquilo que me faz pensar que certas conquistas (naturais ou espirituais) podem ser grandes demais pra serem minhas. Isso nunca foi verdade e jamais será. E eu afirmo em confiança não porque eu seja mais do que os outros, mas exatamente porque não sou menos que ninguém, posso com confiança saber que Deus me deu uma capacidade de criar e produzir que está acima da média e que serve pra abençoar a muitos, a começar de mim mesma.
Você não concorda? Então só tenho uma coisa a te dizer: conheça Jesus, o Seu amor por cada um de nós... ou então, siga nessa jornada louca e pesada através da via da lei, da falta de fé no verdadeiro Amor e da condenação. De hoje em diante, nada disso mais me serve e pra esse caminho eu não volto. Com Isso, me despeço de você e desejo que Deus te abençoe
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