Se manter no seu mundinho é sempre tão confortável... continuar dentro daquilo que se conhece parece tão seguro... continuar fazendo o que já foi feito até aqui e que funcionou até agora parece tão lógico... mas... não é: tudo isso é só uma ilusão!
Todo mundo tem muito mais potencial do que consegue se dar conta em vários momentos da sua existência. E em geral, são os desafios que nos fazem ver que estamos sendo convidados a expandir os nossos limites, as nossas capacidades, a nossa habilidade ou condição. E sim, sem os desafios, continuamos exatamente como sempre fomos... ou não.
A gente vive nessa ilusão de que se a gente fizer tudo igualzinho o tempo todo, e que se a gente repetir exatamente os mesmos passos para chegar a um determinado lugar, então, chegaremos com certeza ao mesmo resultado, porque afinal de contas... nada mudou, não é mesmo? Então... não!
Mesmo que a gente não mude, o mundo muda, o outro muda, o tempo passa, as coisas acontecem, as circunstâncias crescem, e fingir que nada disso nos afeta é no mínimo tolice. Porque no fim das contas, quando a gente realmente para pra prestar atenção, a gente tem controle de pouquíssimas coisas (às vezes inclusive de nada). Então, por que faria sentido continuar na mesma situação, insistindo em ter as mesmas atitudes, se o contexto mudou?
Não tem a ver como mudar os princípios ou os valores, mas com o adequar a atitude, e se permitir ir além, enfrentando coisas novas periodicamente. Quando foi a última vez que você fez alguma coisa pela primeira vez? E não precisa ser uma viagem a outro país, ou casar-se, ou mudar de emprego pra fazer algo completamente diferente (embora todas essas coisas sejam absolutamente fantásticas em termos didáticos): pode simplesmente ser escolher um caminho novo, andar por outro lado da cidade que ainda não se viu, comer algo diferente, ou ainda enfrentar um medo.
E por falar em medos, enfrentá-los é a única forma de vencê-los. Não tem outro jeito senão encarar o medo (ou seja, colocar-se frente a frente com ele) e simplesmente decidir seguir na situação até que ela esteja vencida. Medo de altura (eu ainda vou no London Eye para vencer a agonia que me dá em subir em uma roda gigante), medo de avião (e como é bom saber que o trecho que de ônibus demoraria seis horas pode ser feito em apenas uma quando se vence o medo), medo de falar um outro idioma (porque obviamente as pessoas vão rir de você, seja pela sua inocência, seja pela maldade delas), medo de pedir perdão (porque o orgulho desfigura a gente, mas a mágoa simplesmente nos corrói)... e tantos outros medos que, ao final do dia, se são vencidos, valem muito mais do que qualquer medalha de honra ao mérito, mesmo sem reconhecimento alheio. Vencer os medos é uma das coisas que mais empodera o ser humano, que faz a gente a gente se sentir mais gente, mais vivo, mais vencedor. E por falar nisso, como vencer sem enfrentar desafios?
Uma vida que vale a pena é, na minha opinião, uma vida que se avalia constantemente e, mesmo que seja em pequenas coisas, não se conforma com determinados limites, e vai adiante. E se tiver medo, vai com medo mesmo, mas vai, sem ficar parado, sem se lamentar pelas oportunidades perdidas, sem se sentir desperdiçando talentos ou possibilidades, sem jogar fora tudo aquilo que Deus já plantou na sua vida. Uma vida que vale a pena é, pra mim, uma vida cuja a pessoa diariamente busca ser (através da ação do Espírito Santo na sua vida, aplicando todos os talentos e capacidades já obtidos) a melhor versão de si mesmo.
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