segunda-feira, 24 de outubro de 2011

E a imagem quebrou...

Agora pela manhã recebi um dos diversos e-mails besteirol que recebo diariamente (como a maioria das pessoas, vejo alguns, desprezo outros e aproveito e reencaminho os que acho mais interessantes). Da seleção de hoje, tinha uma série de e-mails com vídeos interessantes, mas um deles me chamou a atenção: o título referia-se a uma besteira que um senhor de idade teria feito (e eu, no meu momento relax do dia, resolvi assistir). 


No vídeo aparece uma procissão no fim, com a imagem de um santo sendo carregado por quatro senhores de idade bem vestidos, entrando na igreja. Ao final da caminhada, quando o mais difícil tinha passado, e eles tinham carregado a imagem enorme por diversos metros (não sei quanto eles andaram porque o vídeo não mostra mas acredito que tenha sido bastante), chega o momento de colocar a imagem no altar da igreja e, quando um dos senhores vai fazer a manobra para virar, desequilibra a imagem e ela cai e se espatifa no chão.


Não sou católica e o meu objetivo aqui não é criticar nenhum católico ou qualquer outra religião, mas eu fiquei pensando: o que acontece quando a nossa "imagem" cai e quebra? O que fazer quando aquilo que nos propomos a idolatrar de repente acaba de um momento para outro, como se fosse uma estátua espatifando-se no chão?

No tal vídeo, vi freiras chorando e pessoas sem saber o que fazer... e nós, o que fazemos quando nossos ídolos caem e se quebram? Sei que temos uma ordenação do Senhor, dizendo o que devemos fazer: "Amarás, pois, ao Senhor Teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento" (Marcos 12:30) mas quantas vezes a ignoramos e criamos para nós mesmos imagens e outros símbolos para idolatrar, ou deixamos que outras coisas tomem o lugar do nosso Senhor?

O que acontece se a nossa "imagem" cai e quebra? O que fazer se o nosso ídolo se espatifou no chão? Sinceramente, não acho que aquele senhor tenha cometido um engano (embora naturalmente não tenha sido a intenção dele acabar com a procissão daquela forma), mas acho sim que, através do acontecido que ele involuntariamente promoveu, existe a oportunidade para todos nós de refletirmos se não há algum ídolo de barro que estejamos fazendo para adorarmos e, se estivermos, lembrarmos que ainda é tempo de jogá-lo no chão e destruí-lo, dando espaço ao verdadeiro Deus nos nossos corações.

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