Esse é o título do vídeo que estou assistindo... pois é,
ainda nem acabei e já fiquei com pensamentos sobre o assunto... talvez eu
precise mesmo pensar em como lidar melhor com essa ansiedade toda. Aliás, eu
preciso mesmo aprender a lidar com essa ansiedade de fazer tudo na hora, mas
isso é assunto para outro post.
Agora, o que está acontecendo é que o vídeo que assisto fala
da publicidade que é direcionada às crianças. Na verdade, o vídeo dá uma
estatística impressionante: quase 80% das decisões de compra em uma casa é de
uma criança.
Isso me faz pensar algumas coisas:
- Embora os pais digam que é uma covardia porque a
publicidade é direcionada aos pequenos e os pais ficam reféns dos gostos e
opiniões dos filhos, fico pensando se na verdade tudo isso não é só o uso da
oportunidade que nós pais damos a estes profissionais quando, ao invés de
passarmos os nossos próprios valores, deixamos que a TV o faça;
- Até que ponto nós mesmos não fazemos de tudo
para satisfazer aquele desejo da criança e, com isso, reforçamos a ‘necessidade’
daquilo que é gerado através de uma propaganda?
- Qual será a reação dos pais quando eles vêem na
televisão algo que eles desejam e, por um motivo ou outro, não podem ter (no
momento ou permanentemente)? Será que essa atitude não é mais um reforço de que
o que a TV fala é verdade?
- Um dos pais diz que a publicidade torna as
crianças mais competitivas... e as corporações nas trabalhamos e as escolas em que
colocamos os nossos filhos também não fazem isso conosco?
Claro que, como publicitária, poderia dar argumentos mercadológicos
a favor do direcionamento da publicidade para o público infantil e como mãe
poderia argumentar contra essa ganância desmedida que é passada para todos nós
e especialmente para aqueles que são a nossa herança através da mídia mas, ao
invés disso, pergunto-me o que diz a Bíblia nesse caso.
No livro de Provérbios, o capítulo 13 inicia-se com o
seguinte conselho: “O filho sábio atende à instrução do pai; mas o escarnecedor
não ouve a repreensão” e em seu penúltimo versículo diz: “O que não faz uso da
vara odeia o seu filho, mas o que ama, desde cedo o castiga”.
Não sou a favor de castigos físicos como a tradução que
encontrei sugere (além do contexto ser outro atualmente esse tipo de atitude é
contra a lei, embora gere uma grande controvérsia...) como a maioria dos pais
também não o é mas acredito mesmo que, se um pai ama seu filho, ele colocará
limites e explicará como o mundo funciona, eventualmente até privando o seu
filho daquilo que não convém.
Então, se os nossos filhos não seguem os nossos conselhos,
talvez o ponto não seja o fato de darmos maus conselhos aos olhos deles. É
claro que, como criança, tudo aquilo que se puder contra a vontade dela,
parecerá a seus olhos um conselho mau, porque a criança não tem a maturidade e
a visão de longo prazo do adulto (visão esta que já é falha mesmo conhecendo
estas coisas; se pararmos para pensar poderemos avaliar a acuidade da visão de
alguém que não entende o conceito de médio e longo prazo). Talvez os nossos
filhos não sigam os nossos conselhos porque eles não nos vêem seguindo os
conselhos de nossos pais... ou até os nossos próprios conselhos que insistimos
em falar mas fingimos não lembrar quando precisamos agir.
Ou seja, será que para um pai que é presente mesmo estando
longe, a publicidade é esse bicho papão? Será que quando a criança vê em seus
pais pessoas boas, interessadas no melhor para ele e, acima de tudo, coerentes
e com um testemunho consistente, ela vai se aventurar a fazer diferente daquilo
que seu pai ordenou? Sim, tem a questão nata da criança de testar limites, mas
tem também a questão muito comum hoje em dia dos pais não colocarem obstáculos
para seus filhos e, com isso, roubar-lhes a oportunidade de aprender a lidar
com adversidades pensando que estão mesmo é proporcionando uma infância feliz.
Penso então que a criança nada mais é do que o espelho
brilhante daquilo que temos de bom e ruim em nós mesmos e expomos
constantemente e, para muitos tentamos, até com sucesso, esconder mas, para
aqueles que estão conosco e conhecem nossos filhos, fica evidente.
Como tenho tratado a minha filha? Será que tenho mostrado a
ela atitudes boas, coerentes e verdadeiramente cristãs? Será que, quando for a
vez dela de decidir sozinha (ok, por enquanto eu ainda tomo as rédeas muitas
vezes mas, em breve, não vou poder mais fazê-lo), ela terá embasamento para
decidir o que é melhor para ela?
Senhor, ajude-me a ver constantemente como tenho vivido a minha vida para que, mesmo sem palavras mas principalmente com atitudes, eu possa mostrar a ela os Teus caminhos que, certamente, são o melhor para nós.
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