O plano na semana passada era passar esta semana fora de casa. Não que eu desejasse ardentemente sair daqui ou ainda ficar longe das pessoas que amo (muito pelo contrário: eu ando sofrendo um tanto quando saio da minha cidade) mas eu me programei mental e psicologicamente para passar uns dias fora daqui. Isso porque eu precisava tomar algumas providências, entre elas ir ao médico e marquei exames e consultas na cidade que eu passaria os próximos dias.
Curioso é que, mesmo com tudo decidido para viajar (inclusive a aprovação do cliente) faltou apenas um detalhe: uma pessoa da empresa que me receberia simplesmente não quis comprar as passagens. Sei lá bem porque isso aconteceu... pelo que eu entendi foi uma questão contratual entre a empresa cliente e a que trabalho mas não consegui entender exatamente o que foi que ocorreu, já que o contrato é o mesmo há meses e eu já fui atendê-los pessoalmente há pouco tempo atrás.
Enfim, ficou-se definido que eu iria hoje e ficamos esperando as passagens durante a quinta-feira antes do feriado... e nada. Ficou então combinado que hoje eles mandariam as passagens para a minha ida amanhã... e nada também. Considerou-se a possibilidade de eu ir na quarta-feira mas ao final do dia decidiu-se que eu faria o trabalho por aqui e que vou para lá apenas uns dois dias para a entrega final (que tem que ser pessoalmente para o processo não ficar horrivelmente lento). Com tudo isso, vou ficar por aqui mesmo nesta semana. E então, a mala que eu fiz e deixei semi-pronta precisa ser desmontada.
Por causa disso, acabei participando de uma reunião hoje sobre uma prospecção de um cliente que parece bastante diferente de tudo o que já fizemos e parece bem interessante. Eu particularmente achei a ideia bem desafiadora e, mesmo sem ter certeza de que podemos atender à necessidade que se apresentou acho que só pelo fato de avaliarmos poderemos ter novas ideias para novos mercados.
Fora isso, voltei para casa e poderei ficar com a minha filha esses dias. Não que ela ligue muito, eu acho, porque ela agora ganhou o seu presente de aniversário uns quinze dias adiantado e quase não liga para mais ninguém em volta. Mas, no fim das contas, talvez ela ache legal não ter que ir de perua à escola todos os dias de manhã.
Outra coisa boa é que poderei ver a minha prima que está de mudança para outra cidade na sexta... ela iria embora sem que eu a visse e agora podemos nos ver. Fiquei bem contente com essa possibilidade e vou correr para que isso se torne realidade.
Mais uma coisa boa é que a saudade dos que eu amo não ficará grande e eu poderei estar mais perto do meu companheiro, já que poderemos nos ver mais nesse período e isso é bem gostoso.
O ponto aqui é que desde o início eu já tinha sugerido isso ao cliente e por um motivo estranho eles não tinham concordado. Pelo que sei, eles achavam que eu ficaria atendendo a outro cliente simultaneamente se não estivesse por lá (o que particularmente até pode parecer fazer sentido mas no fundo é só uma desconfiança que não cabe já que o tempo gasto é sempre reportado e o cliente fica no fim das contas com o trabalho feito no tempo estimado ou então com horas de crédito).
Tecnicidades à parte, o que cabe mencionar aqui é que nunca podemos dizer que temos certeza de muita coisa que há de vir. Até a semana passada eu tinha a certeza de que não estaria aqui. Aliás, achei inclusive que poderia ir a uma conferência fora do meu estado no final de semana ao invés de irmos ao retiro que acabamos indo... achei ainda que provavelmente iríamos a este retiro apenas na sexta pela manhã e acabamos indo mesmo foi na quinta à noite. Esperava chegar lá e dormir sossegada, mas acabei acordando com roncos mais do que extravagantes de uma companheira de quarto. Na noite seguinte, esperava acordar com os roncos mas não só não acordei como quase perdi a hora no dia seguinte...
Ou seja, planejei, organizei e no fim das contas um montes de coisas mudaram... acho que a maioria para melhor no final de tudo. Não sei dizer como seria se tudo tivesse ficado como eu pensava mas tenho a certeza de uma coisa: "Todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o Seu propósito" (Romanos 8:28). Portanto, a insegurança vai embora e fica só a curiosidade: o que será que vem a seguir?
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