terça-feira, 9 de abril de 2013

O mundo dá voltas e as gerações se encontram


No sábado eu estava com a minha filha esperando na recepção do laboratório para fazermos um exame de sangue e, enquanto esperávamos, ficamos fuçando novidades em uma rede social através do perfil dela. Num dado momento, eu vi que ela tinha postado algo e que um garoto tinha feito um comentário ou achado bacana o que ela postou (não sei bem mas não vem ao caso para o que quero contar) e o nome dele me chamou atenção.

Na verdade, ele tem um nome composto e o primeiro nome é bem comum mas o segundo é um nome italiano que é pouquíssimo usado no Brasil e isso chamou a minha atenção. Mais ainda porque, de repente, me lembrei de uma amiga de infância com quem perdi o contato há uns dez anos e que tinha dado esse mesmo nome para seu filho.

Achando aquilo muito curioso, perguntei quantos anos o garoto tem e ela disse que ele tem a mesma idade dela. Perguntei então quando é o aniversário dele e ela falou a data... e era a mesma data do filho da minha amiga. Pedi então para olhar uma foto dele e fiquei chocada com o quanto ele é a cara da mãe (minha amiga que eu não via há anos) e como é que tudo aquilo tinha acontecido.

Fiquei bem intrigada porque não moramos perto: a gente mora no mesmo bairro há uns nove anos e eles moram no mesmo bairro (distante uns vinte quilômetros) faz uns quase trinta anos, eu acho. Eu mesma não me lembro da casa anterior deles mas me lembro muito dessa casa atual na qual eu passei tantos momentos de infância. Mais ainda porque não temos nenhum amigo em comum, o que faria com que fosse mais fácil os meninos se conhecerem... mas não foi o que aconteceu. Além do mais, não temos nenhuma atividade próxima uns dos outros, e definitivamente nada em princípio seria motivo para eles se encontrarem.

Perguntei como eles se conheceram e a resposta que obtive foi que eles tem uma amiga em comum que estudou com ambos em momentos diferentes da vida. E eu achei estranho mas plausível. Mas confesso que se acreditasse em coincidências essa seria definitivamente uma das grandes.

E foi isso que mais me deixou a pensar: eu fiquei muito feliz de reencontrar essa família que faz parte do meu passado e da minha história. É uma família com a qual tenho muitas histórias e os anos, mesmo tendo passado, não apagaram o carinho que sinto por cada um deles. E com minha mãe não é diferente. E parece que com a minha filha também não será...

Eu ainda não entendi bem o porque Deus permitiu que estivéssemos nos encontrando novamente. No fundo, sempre soubemos onde eles estavam e eles também sabiam onde estávamos mas, por algum motivo, o tempo passou e a gente deixou as tarefas do cotidiano serem mais relevantes do que a amizade. Mas, ouso dizer que, ao que parece, Deus tem um plano maior do que deixar essa relação virar história apenas. Vamos ver o que está reservado para nós, não é mesmo?

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