sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Self image up to date

Bom, sendo justa, vou começar traduzindo o título: "autoimagem em dia". E escolhi escrever sobre isso por causa de uma conversa que tive com a minha irmã. Hum... a quem eu pretendo enganar? Na verdade, estou escrevendo porque a minha irmã me recomendou isso e eu decidi seguir a opinião dela, especialmente depois de saber que ontem ela acabou pregando sobre isso na igreja que ela faz parte.

Esse movimento dentro de nós começou na sexta passada. Eu estava orando por alguém e aquilo me fazia considerar que, de repente, eu não deveria orar da forma como vinha orando. Então, decidi pedir a Deus que me mostrasse aquela pessoa como Ele a vê.

No dia seguinte, eu estava com alguns amigos tomando um café ao final do dia em um lugar neutro e que não tinha ligação com nada, e de repente, aquela pessoa entrou exatamente ali. Ao nos ver, essa pessoa veio, nos cumprimentou e foi embora rapidamente. Na hora, eu fiquei pensando uma série de coisas, e foi curioso como eu tive que conversar bastante com Deus sobre tudo o que pensei depois sobre a situação em si. Cinco minutos depois o assunto foi deixado de lado dentro de mim, mas não esquecido.

No outro dia encontrei essa pessoa, e tive a oportunidade de perguntar o que ela fazia quando nos encontramos, e definitivamente a resposta não foi a que eu esperava... e aí, eu notei que, de repente, minha oração tinha sido atendida e eu tinha a oportunidade de ver como Deus vê essa pessoa.

Mais tarde no mesmo dia, entendido isso, eu contei pra pessoa que aquilo me surpreendera, e que o principal motivo era porque aquilo ia contra a maneira como a própria pessoa se descrevera para mim tantas vezes. Mas, imediatamente, pude ver que, na verdade, aquilo que o discurso da pessoa falava não era confirmado por ações, porque embora a sua autodefinição fosse uma, as suas ações eram muito mais generosas do que a sua impressão de si mesmo. E na hora, ficou a impressão de que aquela pessoa precisava, na verdade, se reconhecer (no sentido de se conhecer novamente) e entender que aquela imagem que ela tinha de si não era mais verdade.

E aí, parando pra pensar, em quantos sentidos Deus muda os nossos corações e os nossos pensamentos e a gente não consegue reconhecer isso? Por quantas vezes as coisas vão mudando e a gente perde a oportunidade de se atualizar da gente mesmo?

Nestes dias também eu passei por uma situação que me magoou e que eu já tinha passado antes. E a primeira coisa que me passou pela cabeça foi que eu já tinha passado por aquilo... então, por que eu estava passando novamente? E, com o passar do dia, entendi que, além de ter a oportunidade de reagir corretamente ao que se apresentava pra mim novamente, eu tinha a oportunidade maior ainda de atualizar a minha visão sobre o meu comportamento em certas situações, e foi importante ver e reconhecer o quanto Deus já fez na minha vida, e o quanto Ele teve trabalho, mas quanto também valeu a pena!

Enfim, nos reconhecermos e podermos confirmar tudo aquilo que graciosamente o Senhor já fez em nossas vidas pode nos salvar. Como lembrou bem a minha irmã, se Pedro tivesse entendido isso, não teria voltado a pescar depois de negar Jesus por três vezes. Afinal, ele só voltou porque não conseguiu avaliar o quanto Deus já tinha feito na sua vida, e tendo sido envolvido com o sentimento incômodo de ter traído seu Grande Amigo, acabou sendo "cegado" pela circunstância. Se ele soubesse quem ele já era em Deus, certamente ele continuaria mal e arrependido por ter negado Jesus, mas teria tido uma postura totalmente diferente diante da situação.

Ao descrever minha conclusão final (pelo menos por enquanto) lembro-me que existe um ditado que diz que um acidente de avião nunca é causado por uma falha (por maior que seja), mas por uma série de falhas (por menor que sejam) que, sendo negligenciadas, vão minando as travas e recursos de segurança do avião. Com isso, concluo que atualizar em Deus sua autoimagem é sim necessário, porque se não soubermos de tempos em tempos reavaliar aquilo que Ele já fez com que nos tornemos, poderemos reagir como Pedro, que não tinha instrumentos para se posicionar de modo correto naquela situação, voltando àquilo que já não tinha mais sentido, que não traria mais alegria ou satisfação, e que não levaria a lugar nenhum, além da estagnação e da perda do tempo do propósito de Deus para ele (e no caso, para nós).

Um comentário:

  1. Lindo blog :)

    As experiências religiosas geralmente são retratas com pouca profundidade. Não é o caso da sua, o seu texto é quase uma poesia. Uma experiência bastante agradável.

    Sucesso!

    http://www.descoise.blogspot.com

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