quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Rollercoaster mode on

Hoje faz exatamente dois meses que voltei, e de lá pra cá tanta coisa aconteceu... mudanças diversas, tanto dentro quanto fora de mim. O tempo de preparação para ir embora tem sido bem intenso, tanto que tenho sido negligente na questão de registrar tudo o que Deus tem feito em mim e por mim nestes dias... mas, tentando colocar um pouco em ordem tudo isso, lá vou eu pra mais um relato.
Como bem definiu a minha irmã, decidi viver uma montanha russa, e claro, algumas coisas meu corpo tem sentido. Nos últimos dias senti que meu estômago chegou ao seu limite, e agora anda reclamando quando coloco nem que seja um pouquinho a mais do que é realmente necessário para ele. Fora disso, provocou uma enxaqueca que quase me paralisou por dois dias... mas, quando essas coisas acontecem, vejo Deus me dando uma oportunidade de repensar algumas coisas em relação à maneira como levo a vida... e foi esse tempo na cama que me fez pensar que é hora de reagir.
Sim, eu decidi viver uma montanha russa... mas a vida com Jesus é mesmo cheia de emoções. Além do mais, o que estou vivendo, apesar de "emocionante" é mesmo muito bom, já que faz parte daquilo que Ele tem preparado para mim, para que eu possa ir além em diversos sentidos. Então, tudo o que tenho vivido, por mais estranho que soe, tem sido muito bom.
Sem dúvida, a fase tem muitos elementos para gerar ansiedade, mas muitas coisas tenho a celebrar: por um lado, despedidas de amigos, parentes e família, pessoas que foram com o passar dos anos se tornando muito próximas e cujos laços criados foram sendo realmente estreitados com o amor do Pai; por outro, o favor Dele se mostrando em cada momento, se revelando através de pessoas inesperadas, trazendo muito mais do que eu poderia imaginar para essa fase (incluo nisso minha anfitriã para este tempo, cujo coração é tão grande que nos trouxe para morar com ela nesse tempo de transição, e também um homem que eu ajudei a família no passado e que agora, quando precisamos, fez o que parecia impossível para que pudéssemos entregar o apartamento em que morávamos melhor do que quando o alugamos). Mas, essa fase traz também algumas escolhas: olhar para a ansiedade, para o desconhecido, e ficar pensando o pior... ou aproveitar o que tenho hoje? Olhando de fora parece tão óbvio, mas na hora de aplicar complica tudo, não? Eu decidi reagir e escolher aproveitar e agradecer sempre o que Deus tem proporcionado. Pode parecer loucura, mas é a melhor escolha. Isso traz uma enorme tranquilidade para a minha alma... e me faz descansar!
E aí, quando eu penso que nada mais pode me surpreender, Deus vem e me manda um fotógrafo cujo trabalho eu gosto demais me chamar para fazermos um book meu... o primeiro pensamento é: "meu Deus, estou gorda! Isso não vai dar certo!" mas em seguida tento deixar meu medo de lado e começo a pensar que, no fundo, faz total sentido estar do outro lado das câmeras por um dia. Além de poder ter registros profissionais de alguém que eu respeito como fotógrafo, posso explorar algumas coisas minhas que há muito não faço, como o lado teatral, a canção, e até um pouco do que Deus tem me feito como mulher neste tempo.
Confesso que dá o maior frio na barriga, mas honestamente, acabei de ouvir uma mensagem falando para enfrentar os medos, e o que é que sinto quando penso em sair em uma foto? Alegria é que não é... Estar por trás das câmeras traz um conforto e uma sensação de controle que são muito estimados, mas que nem sempre são tão preciosos assim... além do mais, posso sentir na pele o que as pessoas que eu fotografo sentem quando eu as clico. Acho que vai ser demais!
Curioso que esse convite veio exatamente quando comecei a escrever sobre as curvas e declives da montanha russa que tenho vivido... como diria a minha mãe, Deus realmente tem um humor fantástico! Penso que esse através dessa sessão vem uma mensagem de Deus para mim. Ainda não sei qual é, mas se tem uma coisa que tenho aprendido neste tempo é honrar aquilo que Ele tem me proporcionado de melhor...
Por fim, a minha irmã tinha razão quando disse que nessa montanha russa em que me enfiei eu estava só começando a subir a ladeira... ou seja, vem mais frio na barriga por aí. Mas, apesar de dar medo, quando a descida acaba, a sensação de conquista, de vitória e de satisfação são inigualáveis. Por isso as pessoas ficam horas na fila para passar apenas alguns minutos numa montanha russa... o desconforto faz os sustos valerem a pena. Aguardemos para ver no que isso vai dar...

Nenhum comentário:

Postar um comentário